segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Brasil

Por que PSDB [PT] tem perdido [ganho] as eleições presidenciais?


Lula e Dilma venceram, sem muito se esforçarem, pela simples comparação ao governo FHC? A exposição da fotografia final de seus governos é o que favorece um e prejudica o outro? Pode ser mais que isso…

O título deste post, mais que uma retórica, pode ser respondido da seguinte forma:

O PSDB e seus aliados perderam as eleições de 2002, 2006, 2010, 2012 [prefeitura de São Paulo] e são “favoritos” a novo naufrágio no sufrágio de 2014, porque o governo de FHC[1995/2002] foi péssimo, muito mal avaliado pela maioria do povo.

Simples?

Tem mais.

Apesar de passados mais de 10 anos de quando foram enxotados do Palácio do Planalto pela vontade expressa nas urnas, as derrotas tucanas nunca foram apertadas, resolvidas na contagem final dos votos.

Todas as vitórias petistas [ou lulistas] foram conquistadas com ampla maiorias, em segundo turno.

E este fato, haver segundo turno, é o que demonstra o quanto está enraizado no coletivo popular o fracasso demotucano e no quanto este malogro penalizou a maioria do povo brasileiro ao longo de 8 anos de arrocho.

Na hora da decisão, ao depositar o voto na urna eletrônica e confiar a administração do país por mais quatro anos, entre tucanos e petistas, a maioria tendeu a permanecer com o que considerou melhor, e segundo as recentes pesquisas ainda considera, do que correr o risco de trazer o que ajuízam ser o pior ao palco político, novamente.

De 2002 para cá as eleições foram plebiscitárias entre a política neoliberal tucana e a política de inclusão social petista [lulista], diametralmente opostas.

Enquanto não houver um esgotamento da atual política de governo e a oposição demotucana não for capaz de se reinventar, os pleitos continuarão sendo plebiscitários.

Penso que no momento em que a ascensão social de milhões de pobres para a classe média chegar ao limite, outras opções político-eleitorais poderão ter a oportunidade de prosperar e o país poderia escolher novos rumos.

A má notícia para a oposição: Ainda falta muito a ser feito. O que não pode gerar acomodação aos atuais mandatários.

Por outro lado, oposicionistas se desesperam pela falta do que propor, já que que não conseguiriam se apropriar, a curto prazo, de discursos e políticas que condenavam e ainda condenam, só que atualmente de maneira velada. Nem com toda a ajuda midiática de que dispõe.

Uma terceira via?

A que agora se apresenta como “novidade política”, infelizmente, traz intrinsecamente uma malandra fórmula para atrair simpatizantes de um lado e outro: defende a inclusão social em pronunciamentos públicos, mas em reuniões privadas defende “choques de gestão” neoliberais.  Promessas que não se coadunam e nem sobreviveriam aos debates políticos.

Um embuste.  A terceira via mostra-se apenas como uma outra face da oposição que vige, uma espécie de plano B em ação.

O que o cenário corrente expressa?

    Os tucanos perderam e estão fadados a derrota pelo péssimo governo que fizeram; ou
    Petistas [lulistas] vencem, sem muito se esforçarem, pela simples comparação ao governo FHC; ou
    Petistas [lulistas] vencem porque alcançaram extraordinários êxitos em suas políticas sociais e econômicas.

Façam suas escolhas.
(Outras Palavras)

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