sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Net

Curtir, o gostar da era digital!

Conectados, acessando sites ou lendo jornais na internet, os usuários materializam suas vidas nas redes socias, afinal o mundo inteiro caminha para um processo completo de indexação e compartilhamento de informação.

Para criar uma identidade digital na internet, nada melhor do que vincular ideias e conceitos sobre si mesmos nas próprias redes pessoais. Sendo assim, é possível traçar um perfil do que somos ou pelo menos pretendemos ser apenas a partir de um olhar mais atento nas redes sociais. Basta verificar o perfil de usuário no Twitter, Facebook, Orkut, YouTube, Tumblr ou qualquer outra rede existente.

Pensando nisso, as plataformas sociais fizeram questão de transpor para o universo digital essas estruturas de configuração pessoal - que antes eram exclusivas do mundo offline – no Google, os „circles‟, no Facebook, a nova timeline, uma linha da vida de cada usuário.
Identidade 2.0, digital, virtual ou online, como queriam definir, é construída através das manifestações pessoais e passa pela representação do outro perante a sociedade. Talvez ela seja a moeda mais importante do século 21. Como definiu o economista Thomas Hobess, há cinco séculos, “o bem maior depois da vida é a imagem pública”.

Mas, além da criação de um perfil ou um personagem, as redes também permitem a publicação de conteúdo relevante para os usuários. É nesse contexto de liberdade criativa para edição de material destinado a centenas de pessoas que o botão “curtir” ganha ainda mais significado.

Isso porque existiam duas formas de interação com o conteúdo virtual: a publicação e a replicação. Os dois principais personagens eram os produtores de conteúdo, num passado nada distante, e os internautas comuns que reproduziam scraps e auxiliavam em sua propagação. Nesse contexto, a interface de contato era apenas o “Publicar” ou “Comentar”. Verificamos que a consequência do ato “Publicar” é o excesso de conteúdo. Surge então uma nova urgência, a de qualificar e verificar o que realmente é importante.

“Aos poucos o curtir ganha uma nova funcionalidade, talvez mais importante que a original. Gostar do conteúdo agora também significa compartilhar, recomendar para seus amigos. É nesse momento que curtir e publicar passa a ter o mesmo sentido e ‘ser curtido’ se torna um grande objetivo” observa Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência.

Usuários mobilizam com criatividade

Ações promovidas pelos próprios usuários tendem a ter grande adesão por parte dos internautas, como é caso, por exemplo, da Marcha das Vadias, que tem sido realizada em todo o mundo e promovida pelo Facebook. Outro exemplo é a página que foi criada por um pai que quer dar o nome de seu filho Jaspion. Segundo ele, se houver um milhão de “curtir”, a esposa dele aceita. Ele já conseguiu mais de 350 mil cliques.

Nos EUA, a página ‘minha irmã disse que se eu conseguir um milhão de fãs ela dá o nome de seu filho de Megatron’ conseguiu atingir a marca em apenas 13 dias. Chegou a mais de um milhão e meio de fãs, mas a irmã não cumpriu a promessa.

Estrelas do “curtir”

Diversos eventos fakes são grandes sucessos no Facebook. É o caso do The Large Evento on Facebook, em que mais de seis milhões de pessoas confirmaram presença, ou Fim do Mundo – Eu Vou, com quase 200 mil confirmações. “Felizmente, a rede social também tem sido usada para incentivar o engajamento dos usuários em manifestações contra corrupção e também para promoção de causas sociais e ambientais”, lembra Elizangela.

Entre as marcas brasileiras, destacam-se Guaraná Antártica e L’Óreal Paris, com mais de um milhão de fãs cada. Peixe Urbano e Nike Futebol também seguem com sucesso no ranking das páginas brasileiras mais curtidas. No fechamento desse estudo, no início de novembro, essas páginas tinham respectivamente: 1.722.506, 1.459.516, 941.151 e 502.336 fãs.

Fontes: reportagem da ProXXima adicionada com informações do estudo da MITI Inteligência

(vermelho.org)

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