quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Muros Rebeldes

Os muros rebeldes
Transcrevemos algumas das frases pintadas nos muros das barricadas de 68, pelo mundo afora, para recordar o espírito de rebeldia que marcou aqueles tempos, de que comemoramos 40 anos este ano.

- As paredes têm ouvidos. Vossos ouvidos têm paredes
mudas.

- A liberdade é o direito ao silêncio.

- Querem fazer-nos crer que ser é ter.

- Exagerar é começar a inventar.

- Todos somos judeus alemães. (Solidariedade com a prisão de Cohn-Bendit, deportado da França para a Alemanha.)

- Nossa esperança só pode vir dos sem-esperança.

- Todo reformismo se caracteriza pelo utopismo de sua estratégia e pelo oportunismo de sua tática.

- Burgueses: vocês não entenderam nada.

- Abramos as portas dos asilos, das prisões e das outras faculdades.

- Decreto o estado de felicidade permanente.

- A barricada fecha a rua, mas abre o caminho.

- Um homem não é estúpido ou inteligente. É livre ou não não é.

- Debaixo dos paralelepípedos, a praia.

- A beleza está na rua.

- Por uma instituição democrática na sociedade sem classes. Por uma instituição sem classes na sociedade democrática.

- Anistia: ato pelo qual os soberanos costumam perdoar as injustiças que cometeram.

- Não me libertes, eu me encarrego disso.

- A ação não deve ser uma reação, mas uma criação.

- Gozem aqui e agora.

- Corra, camarada, o velho mundo está atrás de você.

- Não mudemos de empregadores, mudemos o emprego da vida.

- O ato institui a consciência.

- Podemos tranqüilizar-nos: 2 + 2 já não são 4.

- Se você tem o coração à esquerda, não tenha a carteira à direita.

- As liberdades não se dão, se tomam.

- A emancipação do homem será total ou não será.

- Amai-vos uns sobre os outros.

- A imaginação não é um dom, mas um objeto de conquista. (André Breton)

- O álcool mata, tome LSD.

- Não é o homem, mas o mundo que se tornou anormal. (A. Artaud)

- Sejam realistas, peçam o impossível.

- É proibido proibir.

- Não façam a guerra, façam o amor.

- Desabotoem vossos cérebros tanto quanto desabotoam vossas braguilhas.

- Sós não podemos fazer nada.

- O Estado somos nós.

- Não à revolução com gravata.

- Toda visão das coisas que não seja estranha, é falsa. (Paul Valéry)

- Quando o Parlamento nacional se transforma num teatro burguês, todos os teatros burgueses devem se transformar em Parlamentos nacionais.

- Levamos a revolução a séria, mas não nos levemos a sério.

- O sagrado – eis o inimigo.

- As armas da crítica passam pela crítica das armas.

- Abaixo os jornalistas e os que os tratam com deferência.

- Façamos nós mesmos as nossas coisas.

- Deus é um escândalo, um escândalo produtivo. (Baudelaire)

- A liberdade do outro estende a minha até o infinito. (Bakunin)

- Aprender, aprender, aprender, para atuar e compreender. (Lenin)

- Nem um ápice de liberdade para os inimigos da liberdade.

- O dever de todo revolucionário é fazer a revolução. (Che)

- A morte é forçosamente uma contra-revolução.

- Proibido não colocar cartazes.

- A imaginação ao poder.

- Revolução, eu te amo.

- A insolência é a nova arma revolucionária.

- O homem não é o bom selvagem de Rousseau, nem o perverso da Igreja. É violento quando é oprimido e doce quando é livre.

- Só pode haver revolucionário onde há consciência.

- Nem dono, nem deus, deus sou eu.

- A obediência começa pela consciência e a consciência pela desobediência.

- Desejar a realidade, está bem. Realizar teus desejos é melhor.

- Os que falam de revolução e de luta de classes sem se referir à realidade cotidiana, falam de um cadáver na boca.

- Só a verdade é revolucionária.

- Os que seus desejos por realidades, acreditam na realidade dos seus desejos.

- A vergonha é contra-revolucionária.

- Jamais a perspectiva de gozar amanhã me livrará do tédio de hoje.

- A poesia está na rua.

- Quanto mais faço o amor, mais tenho vontade de fazer a revolução. Quanto mais faço a revolução, mais tenho vontade de fazer o amor.

- As pessoas que trabalham se chateiam. As pessoas que não trabalham, não se chateiam nunca.

- A liberdade é a consciência da necessidade. (Marx)
(Emir Sader)

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