quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Anonymous

Somos Anonymous


Uma legião de ciberativistas se mobiliza na rede. Se fazem chamar Anonymous e dizem lutar pela transparência, liberdade de expressão e direitos humanos. Não mostram a cara, nem têm líderes. Na semana passada, tomaram as páginas eletrônicas oficiais de Túnis, depois da autoimolação de um jovem, Faz um mês, atacaram as empresas que cortaram a torneira ao Wikileaks. É um movimento germinal, fortemente libertário e de contornos confusos, Esse é seu retrato.
A reportagem é de Joseba Elola, publicada no jornal El País, 16-01-2011. A tradução é de Anne Ledur.
Este é seu lema: “Somos uma legião, não perdoamos, não esquecemos, espera por nós. Anonymous.” Assim é como esse movimento sem líderes e sem porta-vozes, com voz, mas sem cara, fecham seus anúncios e comunicados. Ou melhor com máscara: a máscara do anarquista revolucionário de V, de Vendetta, o romance gráfico de Alan Moore, que inspirou o filme protagonizado por Natalie Portman e Hugo Weaving, em 2006. A máscara se converteu em símbolo de um movimento ciberativista que não vem com pretextos.
Na semana passada, derrubaram as páginas oficiais de Túnis, depois da imolação de um jovem de 26 anos. No dia 10, tomaram a página do partido irlandês Fine Gael. Atacaram à SGAE e partidos políticos espanhóis ao fio da lei antidescargas. E, há um mês, botaram as mãos na Visa, Mastercard, PayPal e Amazon, as empresas que deram as costas ao Wikileaks.
Os Anonymous estão em seu momento. Sua gente está motivada. A perseguição ao Wikileaks era o incentivo que necessitavam. Não vão parar.
Woolwich, a 45 minutos do centro de Londres, exteriores da Real Corte de Justiça. Acaba de comparecer Julian Assange, fundador do Wikileaks. É terça-feira, 11 de janeiro, e cerca de trinta ativistas se manifestaram em apoio a seu grande inspirador, seu novo herói. Entre eles, Magnonymous, um jovem de 22 anos, que esconde seu rosto por detrás da máscara de V, de Vendetta. “Nos oporemos a qualquer violação dos direitos humanos. Nos oporemos a qualquer ataque do governo. Se isso seguir assim, a revolução será a única opção.”
Magnonymous é mais um, não é porta-voz de ninguém, menos ainda de um movimento que não quer porta-vozes, como se apressam a dizer todos os membros do Anonymous quando falam com um jornalista. Pediu a seu chefe o dia livre para vir se manifestar nesse distante julgamento, na corte a quem trazem casos em que é preciso manter a imprensa e o público longe, no lugar onde foram julgados os terroristas dos atentados de Londres de 2005. “Não somos membros de nenhum grupo político, não somos políticos, somos ativistas. Me ofenderia se me atribuíssem a qualquer corrente política”.
Entender o universo Anonymous não é coisa fácil, o fenômeno é o perfeito reflexo do novo mundo em que vivemos, da nova sociedade que está nascendo à raiz da revolução digital. Tudo aponta que seus membros consideram mais que superada a velha dialética esquerda-direita. Que governem centro-esquerda ou centro-direita, todos vão fazer o mesmo, todos vão estar a serviço dos grandes bancos e das grandes empresas, todos vão seguir tentando controlar a barraquinha de negócios.
Pois bem, aqui há uma legião de jovens que não querem que se oculte que o encanamento da barraquinha não deságua bem; não querem que se oculte que há vários na barraquinha que metem a mão no caixa; não querem que se oculte que quiseram tapar a boca de um dissidente da gestão da barraquinha. Não querem que se oculte nada. A nova dialética: estar a favor do ocultamento ou da transparência. Um dos dois.
Este movimento global, transnacional, transversal, também é difícil de entender porque foi gerado na rede, com as inércias próprias da internet. É produto do momento, da interação, da necessidade de mobilizar-se em um mundo cínico, corrupto e injusto. Foi tecido de forma orgânica, conversa sobre conversa, ideia sobre ideia, proposta sobre proposta. Qualquer um pode ser parte do Anonymous, qualquer um pode entrar quando quiser e somar-se à conversa em páginas como whyweprotest.net. Entrará em um mundo em que as pessoas vão se pondo progressivamente de acordo sobre uma ideia, até que uma sorte de consenso espontâneo indica qual é o seguinte objetivo, contra quem tem que lançar o próximo ataque. Algum jornal, como o The Guardian, sustentou que estão mais coordenados do que eles mesmos creem.
Nem todos os membros de Anonymous são hackers, não. Os hackers são uma grande minoria do coletivo. A maioria são ciberativistas que participam na conversa online e, ocasionalmente, nos protestos de rua. Cerca de mil integrantes, segundo a especialista Gabriella Coleman, são os que põem seus computadores a serviço dos ataques contra páginas eletrônicas, os que descarregam o dispositivo que permite que seu computador, dominado, possa ser parte dos chamados DDoS, ataques distribuídos de recusa de serviço.
Os DDoS são a arma que os ciberativistas têm mais à mão. Permitem realizar operações que conseguem um considerável eco midiático e que afetam a imagem da marca contra quem se dirigem. Consistem em mandar simultaneamente, orquestradamente, milhares de petições a um servidor para que se derrube. Assim ocorreu no último dia 8 de dezembro. Nessa data, a Mastercard decidiu cortar “a torneira” do Wikileaks. Quem quisesse fazer uma doação à plataforma de Assange não poderia fazê-lo através de um cartão dessa companhia. A decisão desencadeou o ataque. “Registramos o que chamamos de um 'super heavy traffic'”, declara em conversa telefônica Cristina Feliú, porta-voz de Mastercard para Espanha e Portugal. “Isso significa que quem entrou na nossa página notou que funcionava com maior lentidão”. Mas não se produziu, segundo disse, nenhum problema nas operações de seus clientes com cartões, nem nenhum tipo de fraude. “No dia seguinte, já tínhamos recuperado o ritmo”. Da Visa, declinaram em fazer algum comentário e enviaram os comunicados que afirmavam que os ataques não afetaram suas operações.
Evidentemente, esse grande coletivo, cujo número de membros e simpatizantes é difícil de estimar (os membros consultados falam de dezenas de milhares), tem hackers. E, de fato, o FBI está atrás de seus passos. Um jovem holandês de 16 anos foi preso em sua casa, em La Haya, pouco depois dos ataques. Admitiu que havia participado deles e foi posto à disposição judicial. “Admitir que participou não é muito inteligente”, explica Philter, estudante de 19 anos e membro do Anonymous. “O menino tinha 16 anos e se assustou, era bastante inexperiente, não tomou as precauções suficientes”.
Falar com as pessoas do Anonymous não é fácil. Desconfiam dos jornalistas, de que suas comunicações estejam interceptadas. Não veem com muito bons olhos os meios de comunicação tradicionais: do seu ponto de vista, ajudam que se mantenha o status quo. O fato de um jornal como o El País e o The Guardian terem participado da difusão dos documentos do Wikileaks supuseram, explica Hamster, um informático londrino de 26 anos, um adicional de credibilidade para meios até agora pouco apreciados.
Na semana passada, nos colocamos em contato com membros do Anonymous na Espanha. Esclarecendo, como sempre, que eles não respondiam na qualidade de porta-vozes de ninguém, já que o movimento não tem porta-vozes, e eles declinaram em realizar uma entrevista telefônica ou pessoalmente. Qualquer um que tente se destacar um pouco mais entre os Anonymous é automaticamente rechaçado pelo resto da comunidade. Assim ocorreu em dezembro, em Londres, com Coldblood, um anonymous que deu a cara à mídia nos dias do processo de Assange. “Coldblood foi condenado ao ostracismo”, confirma Hamster, membro do Anonymous desde 2008.
Não obstante, os membros do Anonymous Espanha, que há semanas enviam comunicados a certos meios de comunicação atualizando a informação em torno às distintas operações de ataque, ofereceram a possibilidade de que lhes enviássemos um questionário, ao que responderiam de modo consentido.

Responderam três administradores do canal #hispano, enquadrados em idades entre os 17 e 32 anos, segundo disseram. Suas respostas, desde logo, encaixam perfeitamente com o discurso que mantêm os membros desse movimento de consciência online consultados até a dada e com o tipo das páginas que participam. É interessante reproduzir aqui as respostas dessa célula de Anonymous para esclarecer certas dúvidas. Não são porta-vozes de nada. Mas suas palavras servem para refletir o sentir dessa comunidade.
Se pode dar alguma estimativa de quanta gente na Espanha pertence ao Anonymous? E quanta em nível internacional?
Seria impossível dar números, e essa é a graça do Anonymous. Para começar, tem que lembrar que é uma organização que não existe e, por sua definição, é uma (des)organização. Anonymous não é ninguém e pode ser qualquer um. Mantendo as distâncias, é como uma organização insurgente baseada em células, compartilhamos uma marca, mas somos gente independente, que responde ao uma ideologia comum e que participa de cada ação particular de acordo com se coincide ou não com suas convicções.
Tendo o anterior em conta e es especificamente na Espanha, se tivesse que dar um número, creio que estaríamos falando de 1000 e 2000 pessoas, que vão de diversos níveis de compromisso. Desde uma maioria, que seriam os que apoiam nossas iniciativas no Twitter, Facebook, etc.; até os mais comprometidos, que seria algo mais que uma centena, os que participam saindo às ruas com ações mais reais como, por exemplo, a operação Paperstorm (distribuição de folhetos, fôlderes, pichações, etc.) ou as concentrações da Operação Demonstração (concentrações na Espanha a favor do Wikileaks e contra a lei Sinde). Em nível internacional, extrapolando, falaríamos possivelmente de dezenas de milhares.
Desses, quantos participam nos ataques DDoS?
Aqui sim podemos dar números mais exatos. Nos ataques de 20 de dezembro, contra a lei Sinde, contávamos com quase 500 usuários conectados na Colmena, que é o sistema de comando e controle da ferramenta de DDoS LOIC que permite que todos os anonymous ataquem ao mesmo tempo a um mesmo objetivo. Esse número, não obstante, poderia ser mais alto, pois teria que adicionar as pessoas que atacavam manualmente do Linux.
Alguma iniciativa nas ações do Anonymous teve sua origem nas conversas do Anonymous Espanha?
Realmente não se pode diferenciar entre Anonymous de tal ou qual país. Quando se propõe uma operação, se essa é repetida, recebe apoios de todo o planeta; houve apoios à nossa luta contra a lei Sinde em dezembro e esperamos mais no futuro. Prova disso é essa convocatória redigida em mais de 15 idiomas, em que participaram anonymous de todo o mundo, na que se faz um chamamento a todos os anonymous a apoiar os protestos virtuais contra a lei Sinde.
Em que fóruns ou páginas eletrônicas se movem?
Nosso principal ponto de união não é uma página ou um fórum, mas uma rede de chat chamada IRC, nós chamamos de IRC Anonops. Aqui, nos reunimos em diversos canais de discussões como #operationpaybak ou #hispano, este último, o que aglutina, aos anonymous espanhóis; daí se põem em comum e se propõem estratégias. As que são repetidas logo, vão se distribuindo na rede por blogs e páginas anonymous. Basta chegar aos Twitter e Facebook individuais de anonymous. É uma estrutura perfeitamente organizada que, contudo, não tem líderes, nem uma fonte inicial.
O que diriam às pessoas que dizem que são hackers?
A maior parte dos anonymous não são hackers, no sentido clássico da palavra. São usuários da internet como qualquer um, só que com uma motivação para o ativismo digital. O que, sim, é certo, é que contamos com hackers em nossas linhas, por exemplo, as pessoas que administram os servidores do IRC e o resto das redes de comunicação criptografadas, ou os que programam LOIC (Low Orbit Ion Cannon), aplicação para realizar provas de resistência a uma rede informática) e as ferramentas de ataques. Está aqui a grandeza do Anonymous, só faz falta um gênio informático para programar a ferramenta, e quando essa ferramenta passar a ser usada por milhares de pessoas anônimas, mesmo que sejam especialistas, para efeitos práticos, é como contar com um ciberexército de milhares de hackers que podem inutilizar qualquer rede ou sistema se se propuserem.
Quais são os princípios básicos do seu ideário?
São poucos e terrivelmente simples. O que permite unificar a maior quantidade de gente possível. Anonimato absoluto, o que supõe, entre outras coisas, a ausência total de líderes e cabeças visíveis no nosso movimento; a luta contra a corrupção nos governos ou em qualquer estrutura de poder; a defesa incondicional da liberdade na internet.
Existe perigo que alguém de dentro tente manipular suas operações?
Seria impossível. Cada anonymous atua de forma individual. Ele mesmo decide se faz ou não parte de uma operação de forma totalmente independente do resto. Se pensar nas organizações reivindicativas do século XX, sempre correram o risco de que um toupeira se infiltrasse e, com o tempo, chegasse a tomar parte da cúpula para desbaratar a organização de dentro; isso seria impossível com o Anonymous, pois não existem líderes, nem segue uma hierarquia formal. Contudo, sabemos que existem agressões externas contra o Anonymous, como a investigação do FBI aberta por conta dos ataques DDoS à Mastercard e PayPal, ou sofisticados ataques informáticos que temos sofrido e suspeitamos que provêm de serviços de inteligência ocidentais. Felizmente, nesses casos, a natureza descentralizada do Anonymous também faz impossível qualquer ingerência externa.
Quais são as preocupações atuais do Anonymous?
O importante, a verdadeira preocupação, é seguir lutando pelos princípios do nosso ideário, e, em função disso, estamos trabalhando em várias operações. Está em andamento a publicidade da fase 2 da Operação Sinde, que consistirá em diversas ações de protesto em torno do dia 18 de janeiro, em que termina o prazo de emendas da dita lei.
Em nível mundial, está em andamento a Operação Tunísia, em apoio aos manifestantes contra o regime tunisiano: realizaram ataques DDoS contra diversos sítios oficiais e também se elaborou um kit de ajuda informático com programas de criptografia e comunicações para os dissidentes tunisianos. Em relação ao futuro, estamos preparando a Operação Quicksilver, que, se tiver êxito, vai comover a internet, mas os detalhes, por sua própria natureza, são secretos no momento.
O movimento Anonymous vai a caminho de transcender o caso Assange e o episódio Wikileaks. A perseguição do fundador da página de filtrações, que recentemente despiu a diplomacia norte-americana e destapou manobras, confusões e corrupção nas quatro esquinas do planeta, tem sido um detonador. Wikileaks representa como poucas organizações os valores nos que creem os anonymous: transparência, direitos humanos, liberdade de expressão. A página destapa segredos: se tem algo a atribuir a um anonymous, é divulgar segredos de organizações poderosas de colocá-los à disposição do público. Assim, Assange se converteu em um símbolo para os integrantes dessa comunidade.
Wikileaks negou em todo momento estar por detrás das operações do Anonymous. Seu número dois, Kristinn Kranfsson, contava há um mês no centro da organização em Londres. “Nem fomentamos que se faça, nem temos contato com as pessoas que estão fazendo, mas também não os condenamos”, contava, com cigarro na boca, esse jornalista investigativo islandês enrolado no cerco de Assange.
Uma boa parte dos anonymous se aglutina em torno da página whyweprotest.net. Hamster se conecta com o seu iPad a esse espaço em que os membros da comunidade trocam ideias e iniciativas. Esse jovem informático conta que o canal 4chan esteve na origem do movimento, mas que a ação agora se situa em whyweprotest. Qualquer um pode entrar e preservar o seu anonimato. Isso é bom. As pessoas se centralizam no que dizem aos demais, e e não em quem o disse”.
Hamster sorve seu café com caramelo em um café central na Oxford Street. Seu iPad está aberto na mesa, está continuamente checando-o, responde as perguntas, mas seu olhar vai constantemente para a tela. Mostra uma foto de um quarto de sua casa: um computador, quatro telas. “Assim podes estar atento a várias coisas ao mesmo tempo”, diz, e solta um sorriso entrecortado.
Conta que tem mais de 33.000 pessoas registradas no whyweprotest. A grande maioria, membros do Anonymous ou simpatizantes da causa. “Os mais agressivos são as pessoas do Anonops. Eu sou menos agressivo”. Dentro do Anonymous, há detratores dos ataques DDoS. “Creio que esses ataques nos desacreditam”, afirma Magnonymous. “Vão utilizá-los para nos criminalizar e para gerar propaganda negativa sobre nós”. Magnonymous tem claro: “Não devemos usar a violência em nenhum caso. Qualquer membro que propuser utilizar a violência seria rechaçado pelo grupo”. Tem outro espaço em que também se movem os membros do coletivo: whywefight.net, o blog informativo dos “soldados da ciberguerra”.
Hamster se uniu a Anonymous em princípios de 2008. Conta que o fez a pouco de abandonar a Igreja da Cientologia. “Me dei conta que não me ajudavam em nada. O único que fazem é te converter em um idiota e te manipular”. Afirma que abandonou a Cientologia internamente, mas que não de fato. Cona que segue indo duas vezes por semana e que tenta tirar documentação para colocá-la à disposição do Anonymous. “Honestamente, às vezes me dá um medo horrível. Se me descobrissem, transformariam a minha vida em um inferno.”
A Igreja da Cientologia é um dos grandes inimigos do Anonynous. A luta contra essa seita foi a primeira que uniu a todos esses ciberativistas em 2008, e seguem as mesmas. Uma luta que, na realidade, começou em meados dos noventa, mas que tomou corpo em 2008. Os anonymous não gostam de pseudociência, nem das religiões em geral. Sustentam que a tecnologia deve servir para expandir o conhecimento, não para controlar as mentes.
Como explica a professora Gabliella Coleman - antropóloga da Universidade de Nova Iorque, especializada no mundo hacker e estudiosa do fenômeno Anonymous - a Igreja da Cientologia é a perfeita antítese do Anonymous, o fenômeno inverso: obscurantismo, ocultamento, censura.
Descobrir os segredos de uma organização secreta, de uma organização religiosa com marca registrada, sustenta, se converteu no primeiro grande desafio do Anonymous. Em fevereiro de 2008, os membros que se reuniam na rede trasladaram seus protestos de suas casas às ruas, à “vida real”. Houve manifestações em Londres, Amsterdã, Berlim, Sidney. “Foi quando mais gente do Anonymous foi vista na rua”, reconhece Hamster.
PayPal. Visa. Mastercard. Amazon. PostFinance. A página da promotoria sueca, a do partido irlandês Fine Gael, as do regime tunisiano. Não há fronteiras para o Anonymous. A luta contra a cientologia os uniu. A luta pelo Wikileaks os reuniu de novo. Qualquer ataque aos direitos humanos, qualquer tentativa de censura, se produza onde se produza, será castigada por eles com as armas que têm a seu alcance. “Se tivesse uma revolução”, diz Hamster, “a internet nos proporcionaria a tecnologia”.
Operações recentes
6 e 7 de dezembro de 2010. Operação Payback (Vingança): Ataques DDoS contra Paypal, Mastercard, PostFinance, Amazon e Visa. As páginas da promotoria sueca e do advogado das mulheres que apresentaram cargos contra Assange também foram atacadas.
18 de dezembro de 2010. Operação Paperstorn. Flyers e pichações para dar a conhecer o Anonymous e sua luta pela liberdade de Assange.
Meados de dezembro. Operação Leakspin, para dar a conhecer o conteúdo de documentos da diplomacia norte-americana que passaram despercebidos.
20 de dezembro. Operação Sinde. Ataque DDoS contra os sítios do PSOE, CiU e do Congresso dos Deputados.
2 de janeiro de 2011. Anonymous anuncia a Operação Tunísia e derruba os sítios do regime após a imolação de um jovem tunisiano.
8 de janeiro de 2011. Operação contra o sítio do partido irlandês Fine Gael.
Para ler mais:
• ''Anonymous'' leva a revolta à rede
• ''Nós, hackers, estamos a serviço da liberdade''
• A política depois do WikiLeaks
• Guerrilha virtual amadora abre nova era na rede
• ‘Esta é a 1ª guerra na web’, diz hacker pró-Assange
• WikiLeaks ou a vingança do mundo vigiado
• O Wikileaks, a mídia e o novo jornalismo
• (Inst. Humanitas Unisinos)

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