domingo, 13 de novembro de 2011

Palestina

Israel intercepta flotilha com destino a Gaza

A Marinha israelense abordou nesta sexta-feira (04) as duas embarcações da flotilha humanitária que seguia para a Faixa de Gaza com um carregamento de remédios. Os oficiais israelenses entraram nos barcos e prenderam os passageiros, que agora devem ser levados ao porto de Ashdod, onde policiais os esperam. Eles devemdeportados para os países de origem. As informações são do jornal israelense Haaretz.

"Soldados da Marinha israelense operaram conforme planejado, e tomaram todas as precauções necessárias para garantir a segurança dos ativistas a bordo das embarcações e a própria segurança", disse o comunicado.

Uma fonte militar assegurou que ninguém ficou ferido durante a operação. O contato com os passageiros a bordo (55 pessoas de 15 países) foi bloqueado com navios a cerca de 100 quilômetros da Faixa de Gaza, em águas internacionais do Mar Mediterrâneo. Previamente, o Exército tinha se comunicado por rádio com os barcos para pedir-lhes que retornassem ou mudassem seu rumo em direção a Israel ou ao Egito, mas elas se recusaram. "O bloqueio a Gaza é ilegal", disse um dos ativistas a bordo do Tahrir (Liberdade), um dos barcos.

Os passageiros - principalmente do Canadá, Estados Unidos, Austrália e Irlanda - "estão comprometidos com a defesa não violenta da flotilha e com os direitos humanos dos palestinos", disseram os organizadores da viagem em comunicado. Além deles, há ativistas palestinos da Cisjordânia. O Tahrir, de bandeira canadense e o irlandês Saoirse (Liberdade) partiram de porto de Fethiye, na Turquia, na quarta-feira (02).

Nova tentativa

Esta é a 11ª tentativa de romper pelo mar o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza em 2006, reforçado um ano depois, mas aliviado há ano e meio por pressões internacionais após o ataque militar israelense à chamada Flotilha da Liberdade - um incidente ocorrido em águas internacionais que matou nove ativistas turcos.

O organizador do barco canadense, Ehab Lotayef, insistiu na necessidade desta nova iniciativa, apesar do relaxamento do bloqueio. Segundo ele, os habitantes da Faixa de Gaza "querem solidariedade, não caridade" e, "apesar da ajuda humanitária ser útil, eles ainda são prisioneiros sem liberdade de movimentos".

Com Opera Mundi

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