terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pensamentando

Brasil, uma desastrada obra de ficção! Por Renato Gameiro Alvares em 27/08/2012 Quando o príncipe regente, no meio de uma crise de diarréia, as margens do riacho Ipiranga, subiu em sua mula e sentiu que era melhor dar independência ao Brasil, e se manter imperador de um novo país falido e sem horizontes, a vê-lo escorrer-lhe por seus dedos lusitanos, desde ai o nosso querido Brasil era um país fadado a não dar certo. Como não deu. Pelo menos até aqui. Tudo no Brasil foi desde o inicio fictício. Irreal. Ilusório. A começar do ato da independência que nada tem a ver com a imagem que Pedro Américo relatou em tintas sobre a tela branca. Não tinha cavalo branco e muito menos ímpeto heróico. Era mula e diarréia braba! A coisa foi bem mais simples, sem pompas, sem circunstâncias e dizem até que sem papel higiênico. Com muito chá de goiabera e muita fugida para atrás da moita. Até a defesa das cores de nossa bandeira foram apresentadas de uma forma dúbia. Afinal, na escola você aprende que o verde representa nossas matas, o amarelo nosso ouro, o azul nosso céu e o branco a paz que aqui impera. Eu vejo a coisa de uma forma distinta. O verde era a cor dos Braganças, da qual D. Pedro era um deles. O amarelo a cor da casa do Hapsburg da Áustria, da qual a imperatriz Leopoldinha (que não havia ainda virado estação de trem) era filha. O azul e branco eram as cores da corte nobre de Portugal, àquela altura do campeonato. Logo, até a defesa das cores de nossa bandeira, é historinha para inglês ver… ou melhor brasileiro ver… Sempre fomos dados a efeitos megalomaníacos, do tipo “nunca na história deste país” e coisinhas ridículas outras, desferidas pela cabotinagem que aqui impera desde os tempos da monarquia. Um exemplo típico: recém instalado como uma nova nação, o Brasil passou a contar, em dados apresentados pelo historiador Laurentino Gomes, em sua corte semi-montada um total de 28 marqueses, 16 viscondes, 21 barões e oito condes. Enquanto Portugal – uma monarquia consolidada de 736 anos – contava apenas com, 16 marqueses, oito viscondes, quatro barões e 26 condes. Éramos um país de degredados, índios e analfabetos, – e ainda somos, em menores proporções – pois apenas 01% da população sabia ler. E assim mesmo montamos a nossa primeira assembléia, homogênea em alfabetização, mas heterogenia em perfil político, pois dela faziam parte, liberais, federalistas, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravagistas. À esta casa da mãe Joana foi dado o direito de criar nossa constituição. E os 32 senadores, os 28 ministros de estado, os 18 presidentes de províncias (espécie de governadores atuais), os sete membros do primeiro conselho de estado e os quatro regentes do Império assim o fizeram. Em seis meses, tiveram as portas batidas em seus narizes. E tudo voltava à estaca zero. E porque isto aconteceu? Pois, na verdade éramos um país, mas não uma nação. Ao contrário dos Estados Unidos, não tínhamos um povo uníssono. Éramos um grupo de pessoas que falavam um mesmo idioma. E não creio que estejamos diferentes nos dias de hoje, onde vejo duas nações distintas depois do evento Lula. Um evento que custou a colar. E quando colou, grudou de vez! José Bonifácio, o José Dirceu de nosso inicio político, fez um discurso que creio que cabe bem aos dias de hoje. Revela a forma com que o PT vê hoje o que deve ser feito do Brasil, bastando apenas trocar no discurso no antigo político brasileiro três pequenos itens: 01. Trono, pelo presidência brasileira; 02. Províncias deste grande império por estados desta grande nação: 03. O centro comum no caso Dom Pedro I pelo presidente da república Lula. “…. furiosos, demagogos e anarquistas, membros da facção oculta e tenebrosa que querem a ruína do trono ao plantar disseminar desordem, susto e anarquia, abalando igualmente a reputação do governo e rompendo o sagrado elo que deve unir todas as províncias deste grande império, ao centro natural e comum”. Os furiosos, demagogos e anarquistas seriam todos que se opunham ao governo de D. Pedro, assim como hoje ao de Lula, – hoje chamados de tucanos – principalmente aqueles que hoje querem desvendar escândalos como o do mensalão, da Erenice, do Palocci, do Genoíno, do Sarney, do Renan, do José Dirceu, do Valério, do Delúbio e até onde nasceu verdadeiramente a herdeira de nosso abnegado servidor publico, o presidente Luis Inácio Lula da Silva. José Bonifácio defendia que a autoridade da casa imperial, era uma decorrência natural da tradição histórica, altamente sustentável. Numa época em que o Brasil tinha 4,5 milhões de habitantes sendo 800 mil índios, 1,2 milhões de escravos, 1.5 de mestiços e apenas 01 milhão de brancos. José Dirceu deve pensar o mesmo em relação a quem assuma a presidência em nome do PT. Infelizmente para eles, não somos mais apenas 4,5 milhões de habitantes e posso assim afirmar que mais da metade da população assim não o pensa, como foi demonstrado nos resultados do primeiro turno, das eleições passadas. É doce poder tiranizar, meus senhores do PT. Concordo. O problema é que as regiões sudeste e do médio oeste brasileiros – com raríssimas exceções, não são da mesma opinião. Elas raciocinam. Elas produzem. Não são dependentes das cestas ou das bolsas. O “todo poder emana do rei e por ele deve ser exercido”, não cola mais. Nem com rei, nem com rainha herdeira. Apenas onde os votos de cabresto e os vendidos a um prato de comida, há de se pregar este falso desenvolvimento e melhora de qualidade de vida. Pois no mundo normal, este progresso se chama, endividamento. Para que? Para que bancos e indústrias possam se manter na ativa, ganhando dinheiro pelo ladrão. Somos hoje uma nação escravizada pelas cestas básicas e bolsas famílias. São os dependentes destas que ditam nosso futuro. Outrossim, a política do PT é autofágica, isto é, consome-se por si mesma. Os direitos divinos invocados pela nauseante fina flor dos Ptrolhas e Ptralhas, para manter seus privilégios, acredito que esteja com seus dias contados. A Marina foi apenas um alerta. No caso do PT, talvez no dia do Halloween, ou quem sabe, no dia 03 de Outubro de 2014. Pois como Deus é brasileiro, ele igualmente como a justiça, atrasa, mas não falha… (Debates Culturais)

Nenhum comentário:

Postar um comentário