sábado, 4 de maio de 2013

Pensamentando

Pepe Escobar em: “Strip tease” pós-história

26/4/2013, Pepe Escobar, Asia Times Online – The Roving Eye
“A post-history [*] strip tease”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

You used to be so amused
At Napoleon in rags
Bob Dylan, “Like a Rolling Stone” [1]


Interessante seria convocar o espírito retrô de Burt Bacharach para definir nosso futuro geopolítico e começar a cantar “What the world needs now / is love, sweet love” [O mundo agora precisa de amor, doce amor] a seguir:


Pepe Escobar
Perdoem castigar o vinil. Interrompemos o show amável-ingênuo, para trazer até vocês as últimas notícias. Vocês acabam de ser catapultados para a era no novo “herói” hobbesiano – digital e virtual, além de físico.

O capitalismo de cassino – também chamado neoliberalismo super turbinado – está destruindo sem piedade os últimos vestígios do estado de bem-estar e o consenso igualitarista no ocidente industrializado, com a única exceção, talvez, ímpar, da Escandinávia. Estabeleceu um consenso “Neo-Normal”, metendo-se nas vidas privadas, dominando o debate político e institucionalizando, porque-sim, a marquetização da própria vida – ato final dessa feroz exploração de recursos naturais, terra e trabalho barato, pela empresa privada.

David Harvey
Integração, socialização e multiculturalismo estão sendo corroídos por desintegração, segregação e disseminada dessocialização – consequência direta da noção, cunhada por David Harvey, da “desacumulação” (a sociedade se autodevora).

Esse estado de coisas é o que Lieven De Cauter, flamengo, filósofo e historiador da arte, em seu livro Entropic Empire,  chama de “a fase Mad Max da globalização”.

É mundo hobbesiano, de guerra civil global latente, guerra de todos contra todos; os que-têm econômicos contra os que-nada-têm; wahhabitas intolerantes contra xiitas “apóstatas”; os filhos do Iluminismo contra todas as modalidades de fundamentalistas; a militarização da África pelo Pentágono, contra o mercantilismo chinês.

A balcanização e a desintegração do Iraque, detonadas pela operação “Choque e Pavor”, do Pentágono, há dez anos, foi uma espécie de prelúdio para essa Brava Nova Desordem. A visão de mundo neoconservadora, de 2001 a 2008, fez avançar o projeto, com sua ideologia de “Dar Cabo do Estado”, por toda parte; mais uma vez, o Iraque foi o melhor exemplo. Mas, da etapa de bombardear nação soberana até fazê-la reverter à Idade da Pedra, o projeto passou à engenharia de guerras civis – o que já fizeram na Líbia, e os engenheiros esperam fazer também na Síria.

Analistas-de-poltrona influentes ou pelo menos pagos por fundações endinheiradas – quase sempre nos EUA, mas também na Europa Ocidental – que vivem a pontificar sobre “caos e anarquia”, só fazem reforçar uma profecia que se autorrealiza. Se os tais “caos e anarquia” viram-se contra eles, é porque refletem a economia libidinal predominante, da TV-reality a todas as variantes do que De Cauter descreve como “jogos psicóticos” – numa sala, num octógono, numa ilha ou, virtualmente, numa caixa digital.

Portanto, bem-vindos à geopolítica do jovem século 21: idade de guerra ininterrupta (virtualizada ou não), aguda politização e catástrofes e mais catástrofes, às pilhas.

Karl Marx
Depois de Hegel, Marx e aquele medíocre subalterno do Império, Fukuyama; mas também, depois de brilhantes desconstruções desconstruídas por Gianni Vattimo, Baudrillard ou Giorgio Agamben, eis o que conseguimos.

Para Marx, o fim da história seria uma sociedade sem classes. Muito romântico. Em vez disso, na segunda metade do século 20, o capitalismo casou-se com a democracia liberal ocidental até que a morte os separe (e a morte já paira sobre a dupla). O Dragão Vermelho, o chinês, uniu-se à festança e trouxe um novo brinquedinho: o neoliberalismo de partido único.

Um consumidor individualista – autoindulgente, passivo, facilmente controlável, afogado numa forma pervertida de democracia que favorece os apaniguados – e jogadores muito ricos; como poderia tal arranjo, algum dia, ser ideal humanista? Mesmo assim, o trabalho de Relações Públicas foi tão bem feito, que a isso já aspiram legiões de pessoas, na Ásia, África, Oriente Médio e América do Sul. Mas os Donos (geoeconômicos) do Universo querem mais, muito mais.

Temos pois a pós-história, como última moda em matéria de reality show. E sua arma favorita é o neoliberalismo de guerra.

Giorgio Agamben
Escolha seu lado

Estamos já familiarizados com o paradigma de Giorgio Agamben, do estado de emergência – ou estado de exceção. O exemplo radical, até meados do século 20, foi o campo de concentração. Mas a pós-história é mais criativa.

Temos hoje um campo de concentração só para muçulmanos – em Guantánamo. Temos um simulacro de campo de concentração – na Palestina, virtualmente murada e sob vigilância 24 horas por dia, sete dias por semana, e onde “a lei” é o que diga uma potência ocupante. E vimos já o que aconteceu – como um ensaio geral – semana passada em Boston; a eufemística “interdição” [orig. “lockdown”] de todas as ruas e vias da cidade, com suspensão da lei normal, substituída pela lei marcial: nenhuma liberdade de ir e vir; nenhuma rede de telefonia celular operante; e, se você for até o bar da esquina para comprar um refrigerante, pode ser legalmente abatido a tiros no quintal de sua casa. Toda uma grande cidade do norte industrializado dos EUA foi convertida em campo de concentração high-tech.

Agamben falou do estado de exceção como um excesso, de cima para baixo, da soberania; e do estado de natureza – como em Hobbes – como uma ausência, de baixo para cima, de soberania. Depois da Guerra Global ao Terror [orig. Global War on Terror (GWOT)], a qual, diga o Pentágono o que disser, é, sim, perpétua (também chamada “A Longa Guerra”, como definida em 2002, e parte da doutrina da Dominação de Pleno Espectro [orig. Full Spectrum Dominance] do Pentágono), já se pode falar de uma fusão.

A guerra ao terror, normalizada sedutoramente pelo governo Obama, foi e continua a ser um estado de exceção global, mesmo que as arapucas vão e venham: o Patriot Act; Ordens Executivas clandestinas; tortura – recentemente, um grupo bipartidário de investigação acusou todos os funcionários do governo George W Bush por prática do crime de tortura; entrega “extraordinária” de prisioneiros para serem torturados fora do território dos EUA, com colaboração de estados seculares então aliados do ocidente, como Líbia e Síria, para nem falar de nações da Europa Oriental e dos fantoches árabes de sempre, inclusive o Egito-de-Mubarak; e o sempre crescente aparelho de segurança nacional dos EUA.

Guantánamo - Centro de torturas mantido pelos EUA em território cubano
Em matéria de campo de concentração, mais uma vez, Guantánamo é exemplo perfeito, o qual, ao contrário do que Obama-candidato prometeu, permanecerá aberto indefinidamente, como algumas das muitas, muitíssimas prisões “secretas” da CIA da era-Bush.

Em todos esses casos, aconteça o que acontecer na vida social – suspensão, dissolução, balcanização, implosão, um estado de emergência – o que acontece aos cidadãos é que a cidadania (bios) evapora. Mas as elites governantes – políticas, econômicas, financeiras – pouco ligam para a cidadania. Só se interessam por consumidores passivos.

Escolha a sua distopia

Drones da CIA lançando bombas de fragmentação sobre civis no Paquistão e Afeganistão
As distopias da Nova Desordem Global estão todas normalizadas. Já estamos familiarizados com o terrorismo de estado – como a guerra “secreta” dos drones  a CIA - contra as áreas tribais no Paquistão, no Iêmen, na Somália e, em breve, em outras latitudes africanas. Também já estamos familiarizados com o terrorismo de não estado, como o pratica essa nuvem que nós, no ocidente, chamamos de “al-Qaeda”, com suas miríades de franquias e copiadores.

Temos também um punhado de hiperestados – EUA, China, Rússia e a União Europeia como um todo – e muitos e muitos infraestados ou estados falidos, alguns por deliberação (Líbia; e a Síria, a caminho), além de estados-satélites, alguns dos quais são essenciais para o sistema controlado pelo ocidente, como o Clube Contrarrevolucionário do Golfo (CCG, Conselho de Cooperação do Golfo).

É sempre esclarecedor considerar o modo como o Pentágono interpreta esse mundo. Há aí um “núcleo integrador” que se opõe a uma “falha não integrada”. Só o núcleo importa, nesse caso a América do Norte e grande parte da União Europeia, mas não toda. Populações cabisbaixas, passivas, com uma elite consumidora – as rápidas, móveis elites da modernidade líquida, descritas por Bauman – e uma vasta massa de sobreviventes, grande parte dos quais descartáveis (como os milhões de europeus vítimas das políticas de austeridade da troika, que jamais voltarão a encontrar emprego decente).

Thomas Hobbes
Quanto à falha não integrada, é puro Hobbes. No caso da África – até praticamente ontem desprezada como fossa negra – há um jogo geopolítico de poder a mais: como contra-atacar a extraordinária penetração do mercantilismo chinês ao longo da última década. A resposta do Pentágono é implantar o Africom por toda parte; submeter nações independentes demais, como a Líbia; e, no caso da elite francesa, no mesmo barco, tentar reganhar algum tipo de músculo imperial no Mali, aproveitando-se precisamente da implosão e balcanização da Líbia.

Os ares da pós-história, seu ideal estético, é a cidade como parque temático. Los Angeles pode ter sido o arquétipo, mas os melhores exemplos são Las Vegas, Dubai e Macao. Na ausência de Umberto Eco e Baudrillard, que mostraram no espelho imagens de simulacros, pode-se seguir o arquiteto Rem Koolhaas – fino observador da demência urbana no sul da China – para entender o que significa espaço-lixo.

Há ainda a obsessão de segurança – de cidades como Londres convertidas em versão em crescimento do Panopticum de Bentham, ao patético ritual de strip tease - a que se assiste em todos os aeroportos, para nem falar dos condomínios cercados, chamados condo ou “comunidade”, que mais parecem átomos cercados, como emblema de uma civilização capsular. Contra-ataques de guerrilheiros, contudo, podem ser tão letais como sunitas iraquianos lutando contra norte-americanos no “triângulo da morte” em meados dos anos 2000s. Em São Paulo, Brasil – a mais perfeita megalópole violenta – as gangues “clonam” carros e chapas de licença, burlam a segurança à entrada de condomínios cercados, entram pela garagem aberta para eles e, dentro do prédio, assaltam sistematicamente apartamento por apartamento, piso a piso.

Você já é história

Em termos conceituais, a pós-história corta todas as esquinas. O fluxo da história está degradado como falso. O simulacro atropela a realidade. Vemos a história repetir-se, não como tragédia e farsa, mas como dupla farsa; exemplo superposto são os jihadis na Síria, armados exatamente como os antigos “combatentes da liberdade” no Afeganistão da jihad antissoviética dos anos 1980s, agindo em uníssono com a gangue ocidental no Conselho de Segurança da ONU, tentando aplicar à Síria o que aplicaram, e safaram-se, na Líbia: mudança de regime.

Também temos história que se repete como clonagem: neoliberalismo com características chinesas, batendo o ocidente no seu próprio jogo de industrialização – em termos de velocidade – enquanto, ao mesmo tempo, vai repetindo os mesmos erros, desde os excessos sem-noção de uma mentalidade de compra, até o respeito zero pelo meio ambiente.

Nem é preciso dizer que a pós-história sepulta o Iluminismo – tanto quanto favorece a emergência de todos os tipos de fundamentalismos. Assim sepultou também a lei internacional; de burlar a ONU para lançar a guerra contra o Iraque em 2003, a usar uma Resolução da ONU para lançar a guerra contra a Líbia em 2011. E agora a Grã-Bretanha e a França não fazem prisioneiros, tentando burlar a ONU ou até a própria OTAN e armar os “rebeldes” na Síria.

Temos pois um Novo Medievalismo que se casa com uma rica teocracia – como na Arábia Saudita e Qatar; dado que são aliados ocidentais, ou fantoches, internamente se mantêm medievais. Superposta, há a política do medo – que reina, essencialmente, na Fortaleza EUA e na Fortaleza Europa; medo do Outro, que pode ser ocasionalmente asiático, mas praticamente sempre é islâmico.

O que não temos é uma visão política/filosófica do futuro. Ou um programa político histórico; os partidos políticos só se preocupam com vencer a próxima eleição.

Como será um sistema pós-estado? Mentes independentes não confiam em blocos mamutes, assimétricos, instáveis como a União Europeia, ou o G-20, ainda que aspirem à multipolaridade como os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul – que ainda não representam real alternativa ao sistema controlado pelo ocidente). Ninguém está pensando em termos de mutação estrutural do sistema. Marx estava mais do que certo nisso: o que determina a história são processos objetivos, concretos, palpáveis – alguns dos quais muito complexos – que afetam a infraestrutura econômica e tecnológica.

O que se pode inferir é que o real sujeito histórico doravante é a tecnologia – como Jean-Francois Lyotard e Paul Virilio já conceitualizavam nos anos 1980s e 1990s. A tecnologia continuará a avançar muito além do sistema capitalista. A tecnociência está na poltrona de pilotagem da história. Mas isso também significa guerra.

Guerra e tecnologia são gêmeas siamesas: virtualmente todas as tecnologias convertem-se em tecnologias militares. O melhor exemplo é a Internet, que mudou completamente as nossas vidas, com imensas ramificações econômicas e políticas; Pequim, em documento de 2010, pode ter saudado a Internet como uma “cristalização da sabedoria humana”, mas nenhum estado filtra mais informação na Internet que a China. Levando o cenário até um limite distópico, Eric Schmidt, da Google, argumenta, corretamente, que, com o desligar de uma conexão, em breve todo um país poderia até desaparecer da Internet.

Assim sendo, podemos, essencialmente, esquecer qualquer regressão utópica ao estado do nômade tribal – por mais que nos fascinem, seja na África ou no corredor Wakhan no Tadjiquistão. Se se examina a paisagem geopolítica do Marco Zero a Boston, os únicos “modelos” são declinações de entropia.

Alain Joxe
Com vocês, o Adão neoliberal

A arma favorita da pós-história é o neoliberalismo de guerra. A melhor análise desses últimos anos é, de longe, a do geoestrategista francês Alain Joxe, em seu livro Les Guerres de L'Empire Global [As Guerras do Império Global]. 
Joxe mistura tudo, porque tudo está interconectado – a eurocrise, a crise europeia da dívida, ocupações e guerras, restrições de liberdades civis, elites totalmente corrompidas – para desmascarar o projeto do Império Global do Neoliberalismo, que vai muito além do Império Norte-Americano.

Classe rentista bling bling
O objetivo final da financeirização é a acumulação ilimitada de lucros – sistema no qual os ricos ficam muito mais ricos, e os pobres ficam com literalmente nada (ou, no máximo, ficam com a austeridade). Os Donos do Universo da vida real são uma classe rentista desnacionalizada – não são sequer alguma nobreza, porque, neles, a falta de gosto e de senso crítico é aterradora, praticantes do mais desavergonhado bling bling. 

O que fazem é em benefício das empresas, não para manter funções dos estados. Nesse estado de coisas, aventuras militares tornam-se doutrina política. E uma nova tecnologia da informação – de drones a munição “especial” – pode ser usada contra movimentos populares, não só no Sul, mas também no Norte.

Slavoj Zizek
Joxe consegue demonstrar como uma revolução tecnológica levou ao mesmo tempo à gestão das Tecnologias da Informação (TI) dessa deusa, O Mercado, e à robotização da guerra. Assim sendo, temos aqui um mix de mutações econômicas, militares e tecnológicas, em paralelo, gerando uma aceleração das decisões que pulveriza totalmente o longo alcance da política, gerando um sistema incapaz de regular seja a finança seja a violência. Entre a ditadura dos “mercados” e a democracia social, adivinhem quem está vencendo, de longe, a queda de braço.

De fato, Slavoj Zizek já havia posto a questão chave do Declínio do Ocidente. O vencedor é um “capitalismo com valores asiáticos – o qual, é claro, nada tem a ver com o povo asiático e tudo tem a ver com a clara e presente tendência, do capitalismo contemporâneo, de limitar ou até de suspender a democracia”.

O filósofo francês Jean Claude Michea  leva a análise política ainda adiante. Argumenta que essa política pós-moderna tornou-se de fato uma arte negativa – definido a sociedade menos ruim possível. Eis como o liberalismo – que modelou a civilização ocidental – tornou-se, como neoliberalismo, a “política do mal menor”. Quer dizer... “mal menor” para os que mandam, é claro; e dane-se o resto.

Jean Claude Michea
Em outro livro crucial, (Le complexe d'Orphée : La gauche, les gens ordinaires et la religion du progrès) Michea oferece a deliciosa metáfora do Adão neoliberal como o novo Orfeu, condenado a escalar a via do Progresso, sem autorização para olhar para trás.

Não são muitos os pensadores contemporâneos equipados para arrasar, em proporções igualmente devastadoras, tanto a Direita quanto a Esquerda. Michea nos diz que ambas, Direita e Esquerda, submeteram-se ao mito original do pensamento capitalista: essa “antropologia negra” que faz o Homem um egoísta por natureza. E pergunta como a Esquerda institucionalizada pôde abandonar a ambição por uma sociedade decente, justa – ou como o lobo neoliberal pôde estraçalhar o rebanho das ovelhas socialistas.

Além do neoliberalismo e/ou um desejo de democracia social, o que a realidade nos mostra é que há à mão uma guerra civil global intestina – hipótese que explorei em meu livro Globalistan [Globalistão], de 2007. Se se misturam o “pivoteamento” de Washington rumo à Ásia; a obsessão com mudança de regime no Irã; o medo que a ascensão da China inspira às elites ocidentais; a real Primavera Árabe que ainda nem começou, a ser conduzida por jovens gerações que querem participação política, mas sem serem constrangidas por fundamentalismo religioso; o ressentimento dos muçulmanos contra o que percebem como Nova Cruzada contra eles; o crescimento do neofascismo na Europa; e a pauperização avançada da classe média ocidental, é difícil pensar sobre o amor.

Apesar de tudo, ainda assim – e Burt Bacharach que nos ajude – é de amor, precisamente, que o mundo precisa agora.


Notas de rodapé

[*] Versão resumida de conferência “Love, Sweet Love”, no XIII SEMINARIO DE SOLIDARIDAD POLÍTICA, “Don Juan y la democracia directa” (Juan Chávez, in memoriam), dia 24/4/2013, Universidad de Zaragoza, Espanha. Seminário organizado pela Plataforma de Solidaridad con Chiapas; Asociación Universitária para la Solidaridad Política.

[1] Epígrafe acrescentada pelos tradutores.
Postado por Castor Filho às 10:55:00
(Redecastor)

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