segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Cuba

"Unidos pelo dever': Lutam melhor os que têm belos sonhos.- Poetando um 1º de mayo em Cuba


Marlúzio F. Dantas, Nascido Para viver, Vivi...A Revolução Invencível

Ramon Carralero Vidal seria só mais um, dos tantos habitantes da Isla mais amada e invejada da America Latina e Caribe; invejada, principalmente, pela esquerda latino americana e caribenha, por sua capacidade de sobreviver ao mais brutal processo de desumanização que o imperialismo Norte Americano impõe aos Ramons, em vida. Nascidoem 25/03/1939 sempre trabalhou duro para sobreviver ao modo de produção capitalista do governo Batista. Em 09 de Abril de 1958 ingressa na Coluna 17 Revolucionária, para em seguida,  em 16 de Outubro de 1958, compor a Coluna 16, lutando até o triunfo da revolução cubana em 1959.

Conheci Ramon em 2008; mas, fatos acontecidos agora na minha terceira visita em 2012 me fez ver e entender que a Revolução Cubana, não morre nunca, principalmente para heróis como Ramon. Dos verdes anos da juventude de seus 73 anos, este homem simples, humilde e feliz; o revolucionário Ramon é o chefe da seguridade e proteção da Escola Lázaro Peña da CTC (Central dos Trabalhadores de Cuba) a maior e única Central Sindical em Cuba. Trabalho que desenvolve com muita disciplina e cuidado; o vejo sempre chegar em seu carro que parece um Fiat uno ainda menor,pontualmente, as 7: 30 h, vestido em seu uniforme : um garboso paletó amarelo com gravata da mesma cor. Mas algo nele me diz que não esta confortável naquela roupa, logo a troca por uma outra rota, cheia de remendos e ,de posse, de seus dois facões parte mais uma vez para aquilo que só o cubano revolucionário sabe o valor, o valor do "trabalho voluntário"(iniciado pelo próprio Che desde a vitória da Revolução) . Sem que nada, nem ninguém diga para ele o que fazer, ele  se sente orgulhoso da solidariedade dos alunos estrangeiros em curso na escola , faz de tudo, como ele mesmo me diz:"para que a Escola esteja mais bonita para mais um primeiro de Mayo Revolucionário".


Poda árvores, planta mudas e faz painéis de pedras pintadas na grama ,muito bem aparada aos golpes de seus facões. Seu vigor revolucionário é contagiante. Jorge Chaves hoje aluno ,mas também revolucionário internacionalista , que lutou com Daniel Ortega na campanha da Nicarágua, não resiste:  Ao final de mais um dia duro na sala de aula; lá estão, os dois, montando um segundo painel,  enquanto agora mesmo, recebem o reforço de Otto Castellano e Joana kelly.Agora são quatro.

Pergunto o que significa para ele da Revolução Cubana. Responde-me de pronto:

"O máximo!!! Por que desde criança eu não concordava com a descriminação que oprimia nosso povo, eu sonhava em fazer uma revolução pequena mais,sinceramente, não esperava que ela fosse tão grande.’

A grandeza da revolução cubana está na sua síntese nos homens, mulheres, crianças e os que ainda irão nascer, "unidos pelo dever"; mas, principalmente, como muito bem revelou Castro quando da morte do Che:"queremos ser iguais a ele, Che."

Já é manhã em Cuba e eu não me dei conta.

Habana,02 de Mayo de 2012.
(Carta maior)

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