terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O. Médio

Novo Oriente Médio pensado pelos EUA/Israel
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Ralph Peters
Há trinta anos, os estrategistas dos EUA introduziram a ideia do “Grande Oriente Médio”, ou “Oriente Médio Expandido” [orig. The Greater Middle East], correspondente ao espaço do Maghreb a Bangladesh, e declararam que esse vasto território passava a ser zona de interesse prioritário dos EUA.

Em 2006, o programa de domínio pelos EUA nessa região foi renovado e definido mais concretamente: a então secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice introduziu a expressão “O Novo Oriente Médio”, com destaque para um plano para retraçar as fronteiras no Oriente Médio, da Líbia à Síria, Iraque, Irã e até Afeganistão. A estratégica apareceu referida como “um caos construtivo” (...)

No mesmo ano (2006), um mapa do “Novo Oriente Médio” (ver acima) preparado pelo coronel Ralph Peters foi publicado na revista norte-americana Armed Forces Journal que circulou no governo e em círculos políticos e militares mais amplos, preparando a opinião pública para as mudanças iminentes.

Olga Chetverikova
Desde o início da “Primavera Árabe”, os EUA vêm se movimentando na direção de uma reestruturação geopolítica da região, a qual, é claro, também levantou a discussão sobre o destino de Israel. Desde então, a questão permanece na agenda. E não importa a forma que assuma, o tom não muda: Israel é invariavelmente apresentada como a vítima.

Assim, na primavera de 2011, no auge da guerra contra a Líbia, quando a Autoridade Palestina levantou a questão de tornar-se membro da ONU, a imprensa-empresa ocidental rapidamente pôs-se a denunciar a traição, por Washington, que estaria “entregando” o Estado Judeu aos islamistas. Hoje, quando o absurdo dessa ideia já é óbvio para todos, a ênfase passou para a ameaça mortal que o Irã representaria para Israel, ênfase que, pelo que se vê, cresce alinhada à deterioração da situação na Síria.

Nesse processo, a questão mais importante está sendo ocultada ou, simplesmente, foi varrida: o agudo interesse que Israel tem na desestabilização dos países árabe-muçulmanos que a cercam; e em manter e expandir a guerra na Síria.

Avraam Shmulevich
O rabino Avraam Shmulevich, um dos criadores da doutrina do “hipersionismo”, influente na elite israelense, falou abertamente sobre as razões desse interesse, em entrevista, em 2011. É interessante: ali, ele via a “Primavera Árabe” como uma bênção para Israel.

O mundo muçulmano, escreveu Avraam Shmulevich, está mergulhando em um estado de caos, e esse desenvolvimento será positivo para os judeus. O caos é o momento perfeito para assumir o controle de uma situação e pôr em operação o sistema da civilização judaica. Exatamente agora, acontece uma batalha pelo lugar de guia espiritual da humanidade: Roma (o Ocidente) ou Israel. (...) Agora é o momento em que devemos tomar em nossas mãos o controle. (...) Não apenas varrer a elite árabe, mas fazê-la comer na nossa mão. (...) Quem alcance a liberdade deve, ao mesmo tempo, ser orientado sobre como usar essa liberdade. E essa orientação, para toda a humanidade, será escrita por nós. (...) O judaísmo florescerá, do incêndio das revoluções árabes. [negritos da autora].

Sobre os objetivos da política externa de Israel, Shmulevich enfatizou a necessidade de manter “as fronteiras naturais ao logo do Nilo e do Eufrates estabelecidas na Torah”, que deverão então ser seguidas na segunda fase da ofensiva – expandindo a hegemonia de Israel para toda a região do Oriente Médio. Também sobre isso, Shmulevich falou com extrema clareza:

Está começando simultaneamente no Oriente Médio uma cadeia de desintegração e reforma. Assad, que atualmente está afogando em sangue os processos revolucionários na Síria, não conseguirá, contudo, manter-se por mais um, dois anos. A revolução está começando na Jordânia. Até os curdos e o Cáucaso estão emergindo como parte integrante do Oriente Médio (...) [negritos da autora].

Não é difícil ver aí um Iraque, ou um Afeganistão, continuados.

Seria possível classificar Shmulevich como pensador marginal, não fosse o fato de que ele repete os princípios fundamentais do plano estratégico que líderes israelenses traçaram em 1982, conhecido como “Plano Yinon”. O plano visava a garantir a superioridade regional para o governo israelense, mediante a desestabilização e a “balcanização”, ou seja, a desestabilização dos estados árabes adjacentes ou, em outras palavras, o mesmo que se leu, reproduzido, no projeto “Novo Oriente Médio” esboçado por Condoleeza Rice e pelo coronel Ralph Peters.

Grande Israel ou Terra Prometida por Oded Yinon
O plano traça “Uma estratégia para Israel nos anos 1980s”, documento preparado por Oded Yinon, jornalista israelense ligado ao Ministério de Negócios Exteriores. Foi publicado primeiro em hebraico, na revista Kivunim [Rumos], do Departamento de Informação da Organização Sionista Mundial, em fevereiro de 1982. No mesmo ano, a Associação de Universitários Árabe-Norte-Americanos publicou uma tradução do texto, assinada e anotada por Israel Shahak [1]. Em março de 2013, o artigo de Israel Shahak foi publicado na página de Michel Chossudovsky na Internet, Global Research.

Michel Chossudovsky
Esse documento, que é parte da formação da “Grande Israel”, escreve Chossudovsky na introdução ao artigo, é a pedra de toque de poderosas facções sionistas dentro do atual governo de Netanyahu, do Partido Likud e do establishment militar e de inteligência israelense (...). Vistas no atual contexto, a guerra contra o Iraque, a guerra de 2006 contra o Líbano, a guerra de 2011 contra a Líbia, a atual guerra contra a Síria, para nem falar do processo de “mudança de regime” no Egito, têm de ser compreendidos em relação àquele Plano Sionista para o Oriente Médio” [negritos da autora].

O plano está baseado em dois princípios fundamentais que determinam as condições da sobrevivência de Israel em seu ambiente árabe:

(1) Israel tem de tornar-se potência imperial regional; e
(2) Israel tem de fragmentar toda a área circundante em estados menores, mediante a dissolução de todos os estados árabes existentes. O tamanho desses estados dependerá da composição étnica e religiosa de cada um. Sobretudo: a criação de novos estados baseados na religião será fonte de legitimidade moral para o governo israelense.

Deve-se dizer que a ideia de fragmentar os estados árabes do mundo não é nova. Existe há muito tempo no pensamento estratégico sionista, [2] mas a matéria de Yinon, como Israel Shahak já destacara em 1982, ofereceu um “plano acurado e detalhado do então governo sionista (de Sharon e Eitan) para o Oriente Médio, baseado na divisão dos territórios em estados pequenos, e na dissolução dos estados árabes existentes”.

Aqui, Shahak chama a atenção para dois pontos:

Israel Shahak
(1) A ideia de que todos os estados árabes devam ser quebrados, por Israel, em unidades menores, ocorre seguidas vezes no pensamento estratégico dos israelenses. E
(2) A forte conexão com o pensamento dos neoconservadores nos EUA, que inclui a ideia da “defesa do ocidente”, é muito proeminente, mas é puramente retórica, porque o real objetivo do autor do trabalho é construir um império israelense e convertê-lo em potência mundial (“Em outras palavras”, Shahak comenta, “o objetivo de Sharon é enganar os norte-americanos, depois de ter enganado todos os demais”).

O principal ponto do qual Oded Yinin parte é que o mundo está nos estágios iniciais de uma nova época histórica, cuja essência estaria na “visão racionalista, humanista, como pedra basilar sobre a qual se apoiam a vida e as realizações da civilização ocidental desde a Renascença”.

A seguir, Yinon oferece as ideias do “Clube de Roma” sobre a limitação dos recursos do planeta, insuficientes para atender as necessidades econômicas e demográficas da humanidade.

Oded Yinon
Num mundo no qual há 4 bilhões de seres humanos e recursos econômicos e de energia que não crescem proporcionalmente para atender à demanda da humanidade, não é realista esperar atender todas as demandas da Sociedade Ocidental, i.e. o desejo e a aspiração ao consumo ilimitado. A visão segundo a qual a ética não tem papel determinante na direção que o Homem tome, e que só suas necessidades materiais contam – essa visão está se tornando dominante hoje, quando vemos um mundo do qual quase todos os valores estão desaparecendo. Estamos perdendo a capacidade para avaliar as coisas mais simples, especialmente no que tenha a ver com a simples questão de o que é o Bem e o que é o Mal.

O mundo caminha para uma guerra global por recursos, e isso diz respeito, em primeiro lugar, ao Golfo Pérsico. Avaliando a situação do mundo árabe-muçulmano em relação a isso, o “Plano Yinon” anota:

No longo prazo, esse mundo não conseguirá existir dentro de seu atual quadro nas áreas em torno de nós [de Israel], sem passar por genuínas mudanças revolucionárias. O Mundo Árabe Muçulmano está construído como temporário castelo de cartas erguido por estrangeiros (França e Grã-Bretanha nos séculos 19-20), sem que os planos e desejos dos habitantes tenham sido levados em consideração. Foi arbitrariamente dividido em 19 estados, todos feitos de diferentes combinações de minorias e grupos étnicos que são hostis uns aos outros, de tal modo que cada estado árabe muçulmano hoje enfrenta a destruição étnica e social de dentro para fora, e em alguns já há guerra civil (...).

Mundo Árabe Muçulmano (legendado)
(clique na imagem para aumentar)
Depois de pintar um quadro misto do mundo muçulmano árabe e não árabe, Yinon conclui:

Esse quadro de minoria nacional étnica que se estende do Marrocos à Índia e da Somália à Turquia aponta para a ausência de estabilidade e uma rápida degeneração em toda a região. Se se soma a esse quadro o quadro econômico, vê-se que toda a região está construída como um castelo de cartas, incapaz de sobreviver aos seus graves problemas.

Nesse ponto, Yinon chega a listar as novas “oportunidades para transformar a situação” que Israel deve aproveitar na década seguinte.

Quanto à Península do Sinai, implica estabelecer controle sobre o Sinai como reserva estratégica, econômica e de energia para o longo prazo. Diz Yinon:

O Egito, no atual quadro político doméstico, já é um cadáver, ainda mais se se considera a crescente divisão entre muçulmanos e cristãos. Assim sendo, o objetivo de Israel nos anos 1980s, no seu front ocidental, é dividir territorialmente o Egito em distintas regiões geográficas [negritos da autora].

Sobre o front oriental de Israel, mais complicado que o front ocidental, Yinon escreve:

A total dissolução do Líbano em cinco províncias serve como precedente para todo o mundo árabe incluindo Egito, Síria, Iraque e a Península Arábica e já está seguindo aquela trilha. A dissolução da Síria e do Iraque depois, em áreas etnicamente ou religiosamente uniformes, como no Líbano, é o primeiro objetivo de Israel no front oriental para o longo prazo, enquanto a dissolução do poder militar desses estados fica como objetivo primário no curto prazo [negritos da autora]. A Síria cairá em partes, segundo sua estrutura étnica e religiosa, dividida em vários estados, como o Líbano de hoje, de modo que haverá um estado xiita alawita no litoral; um estado sunita na área de Aleppo; outro estado sunita em Damasco, hostil ao vizinho do norte; e os drusos criarão seu estado, talvez até em nosso Golan, e com certeza no Hauran e no norte da Jordânia.

A "balcanização" da Síria pensada por Israel (Plano Yinon)
O Iraque, rico em petróleo, por um lado, e internamente fracionado, por outro, é candidato garantido a alvo de Israel. A dissolução do Iraque é até mais importante para nós que a da Síria (...) Todos os tipos de confrontação inter-árabes nos ajudará [ajudará Israel] no curto prazo e encurtará o caminho até o objetivo mais importante de quebrar o Iraque em áreas por religião, como na Síria e no Líbano. No Iraque, é possível uma divisão em províncias por linhas étnicas/religiosas, como a Síria durante os otomanos. Assim, haverá três (ou mais) estados em torno das três maiores cidades: Basra, Bagdá e Mosul; e áreas xiitas no sul separadas do norte sunita e curdo.

Toda a Península Arábica é candidata natural à dissolução, dadas as pressões internas e externas, e é inevitável [negritos da autora], especialmente na Arábia Saudita, independente de que sua economia baseada no petróleo permaneça intacta ou enfraqueça no longo prazo. As rixas e fraturas internas são desenvolvimento claro e natural, à vista da atual estrutura política.

A Jordânia é alvo estratégico imediato no curto prazo, mas não no longo prazo, porque não é real ameaça no longo prazo depois da dissolução, do fim do longo reinado do rei Hussein e da transferência de poder para os palestinos no curto prazo. Não há possibilidade alguma de que a Jordânia continue a existir com a estrutura atual, por longo tempo [negritos da autora], e a política de Israel, seja na paz, seja na guerra, tem de ser dirigida à liquidação da Jordânia do atual regime e à transferência daquele território para a maioria palestina. Mudar o regime a leste do rio também porá fim ao problema dos territórios densamente povoados de árabes a oeste do rio Jordão. (...) Só reinarão coexistência genuína e paz sobre a terra, quando os árabes entenderem que sem governo judeu entre o Jordão e o mar eles jamais terão nem segurança nem existência [negritos da autora]. Só terão nação deles e segurança, na Jordânia.

Na sequência, Yinon lista os objetivos internos estratégicos de Israel e os modos de alcançá-los, enfatizando a necessidade de sérias mudanças no mundo [negritos da autora].

Dispersar a população é assim objetivo doméstico estratégico da mais alta ordem; sem isso, deixaremos de existir em quaisquer fronteiras. Judea, Samaria e a Galileia são nossa única garantia para a existência nacional (...) Alcançar nossos objetivos no front oriental depende, antes, de realizarmos esse objetivo estratégico interno. A transformação da estrutura política e econômica, para permitir que se alcancem esses objetivos estratégicos, é a chave para obter toda a mudança [negritos da autora]. Temos de mudar, de uma economia centralizada na qual o governo está extensamente envolvido, para um mercado aberto e livre e temos de mudar, da dependência atual em que dependemos dos contribuintes norte-americanos para nosso desenvolvimento, para uma infraestrutura econômica genuinamente produtiva. Se não conseguirmos fazer livre e voluntariamente essa mudança, seremos forçados a ela pelos desenvolvimentos mundiais, especialmente nas áreas das finanças, energia e política, e pelo nosso crescente isolamento.

Rápidas mudanças no mundo também trarão mudanças na condição dos judeus em todo o mundo, para os quais Israel se converterá não só no último recurso, mas na única opção existencial.

Avaliando esse plano, podem-se extrair as seguintes conclusões.

Em primeiro lugar, dado que traça objetivos estratégicos de Israel, é plano de longo prazo, particularmente importante hoje. Em segundo lugar, a possibilidade de realizar a estratégia externa aí exposta envolve sérias mudanças, na posição da própria Israel e em escala mundial. E isso é, exatamente, o que começou a acontecer em meados dos anos 1980s.

Com a classe governante global em transição para uma estratégia neoliberal, Israel experimentou mudanças profundas, que resultaram em o país acabar controlado por 18 das famílias mais ricas. O capital israelense foi ativamente investido fora de Israel, e o mercado israelense, por sua vez, revelou-se amplamente aberto ao capital estrangeiro. Resultado dessa ativa “integração” no sistema econômico global, o capital israelense misturou-se de tal modo ao capital transnacional, que a noção de uma “economia nacional de Israel” perdeu completamente qualquer significado. Nessas condições, a transição de Israel para um expansionismo ativo até se tornou possível, embora se tenha manifestado pela infiltração intelectual e econômica, não pelo controle militar ou pela presença de forças. O mais importante é o envolvimento do território em geral, no centro do qual está Israel.

Shmulevich também se referiu a isso, ao apontar que um dos conceitos fundamentais do judaísmo é “ser a força que guia a civilização humana e demarca os padrões para a civilização humana”.

Exemplo dessa união árabe-israelense é a criação do fundo de investimentos Markets Credit Opportunity (EMCO) com 1 bilhão de dólares do grupo bancário suíço Credit Suisse AG e o envolvimento de três dos maiores acionistas do banco – o IDB Group de Israel; o fundo estatal de investimentos do Qatar, Qatar Investment Authority; e a empresa privada saudita de investimentos, Olayan Group.

Ainda mais revelador, é o fato de que a Arábia Saudita entregou à empresa G4S, a mais antiga empresa de segurança de Israel, o trabalho de prover a segurança dos peregrinos que visitam Mecca (o perímetro considerado vai do aeroporto de Dubai aos Emirados e à área de Jeddah). Um braço saudita da companhia já está em operação desde 2010, com meios para recolher informação pessoal não só dos peregrinos, mas também de todos os passageiros que voem por Dubai.

G4S empresa de Israel é responsável pela segurança dos peregrinos em Meca
No que tenha a ver com o planejado “caos no mundo muçulmano”, Israel está operando por procuração, exclusivamente mediante agências de inteligência, enquanto vai preservando o mito de que seria “uma vítima do islamismo”. Quanto a isso, as explicações de Israel Shahak, sobre por que a publicação do plano estratégico de Israel não implica qualquer risco particular para Israel, ainda são relevantes e pertinentes.

Chamando atenção para o fato de que, se houvesse esse risco, só poderia vir do mundo árabe e dos EUA, Shahak lembrou:

O mundo árabe até agora se mostrou incapaz de fazer análise racional detalhada da sociedade israelense-judaica (...) Nessa situação, mesmo os que gritam contra os perigos do expansionismo israelense (que são perigos muito reais) fazem-no não por conhecimento factual e detalhado, mas porque acreditam em mitos (...) Os especialistas israelenses assumem que, no geral, os árabes não darão atenção às discussões israelenses sobre o futuro.

A situação é semelhante nos EUA, onde toda a informação sobre Israel é distribuída pela imprensa-empresa de direita pró-Israel. Isso tudo considerado, Shahak chega à seguinte conclusão:

Por hora, portanto, dada a situação real de que Israel é efetivamente uma sociedade fechada para o resto do mundo, porque o mundo deseja permanecer de olhos fechados, a publicação não terá consequências; e os movimentos iniciais de tal plano já em execução continuam viáveis.


Notas dos tradutores:

[1] Israel Shahak (1933-2001) tornou-se conhecido como crítico das ideias de políticos israelenses sobre não judeus. Foi professor de Química Orgânica na Universidade Hebraica de Jerusalém, presidente da Liga Israelense pelos Direitos Humanos e Direitos Civis e publicou inúmeros estudos, entre os quais The Non-Jew in the Jewish State [Não judeus no estado judeu], Israel’s Global Role: Weapons for Repression [O papel global de Israel: armas para repressão] e Jewish History, Jewish Religion: The Weight of Three Thousand Years [História dos judeus, religião dos judeus: o peso de 3 mil anos].

[2] É o que escreve Livia Rokach, em seu livro Israel’s Sacred Terrorism [O terrorismo sagrado de Israel] (1980), publicado pela mesma Associação. O livro baseia-se nas memórias de Moshe Sharett, o primeiro ministro de Negócios Estrangeiros de Israel e ex-primeiro-ministro; expõe o plano sionista com vistas à Líbia e o processo de seu desenvolvimento em meados dos anos 1950s. A primeira massiva invasão da Líbia, em 1978, contribuiu para o desenvolvimento desse plano até os menores detalhes; e a invasão de junho de 1982 visou a implementar parte do plano, pelo qual a Síria e a Jordânia teriam de ser divididas.
(Redecastor)
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