sexta-feira, 28 de junho de 2013

Boemia

Me dá a penúltima” (Aldir Blanc e João Bosco)



Eu gosto quando alvorece

Porque parece que está anoitecendo

E gosto quando anoitece, que só vendo

Porque penso que alvorece

E então parece que pude

Mais uma vez, outra noite,

Reviver a juventude.





Todo boêmio é feliz

Porque quanto mais triste, mais se ilude.

Esse é o segredo de quem, como eu, vive na boemia:





Colocar no mesmo barco, realidade e poesia

Rindo da própria agonia,

Vivendo em paz ou sem paz

Pra mim tanto faz,

se é noite ou se é dia.

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