sábado, 13 de agosto de 2011

Amy Winehouse

Amy Winehouse:
She died a hundred times
and we go back to black
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Por Ingrid Vorsatz, do Rio de Janeiro
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Amy Winehouse, por Erdogan Karayel
Fonte: DonQuichotte
Vi Janis Joplin morrer. Vi também Jimi Hendrix e Jim Morrison morrerem prematuramente de overdose. Era pequena quando Brian Jones foi encontrado morto em circunstâncias jamais esclarecidas e já adulta quando Kurt Cobain pôs fim à própria vida.
Vejo, consternada, morrer Amy Winehouse, na flor dos 27 anos. A maldição se repete, implacável.
Esta jovem judia londrina desafinou a cena pop com sua poderosa voz de cantora soul, desafiando padrões estéticos com sua sensualidade gauche, seu penteado no melhor estilo bolo-de-noiva, seu figurino old-fashioned fifties. Não era anacrônica, mas viveu na contramão de seu tempo, feito de efêmeras celebridades ready-made. Parecia não estar à vontade na própria pele. Uma fúria tão frágil, a dessa pequena.
Amy took her walk on the wild side, como nos versos de uma canção-ícone da minha geração. Viveu a vida que escolheu para si, ou que pôde viver - o que dá no mesmo. De resto, como todos nós. Não se pode julgá-la por ter vivido à combustão.
She died a hundred times and we go back to black.

25/7/2011
Fonte: ViaPolítica/A autora
Ingrid Vorsatz é psicanalista no Rio de Janeiro


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