quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ditadura

“Quem defende torturador é monstro”, diz Capitão de Mar e Guerra – especial para o QTMD? Militar de formação legalista, Fernando de Santa Rosa vive hoje de sua reforma, mas não recebe reparação financeira por ter sido cassado e preso em 64. Não foi torturado (fisicamente), mas, como advogado, defende os direitos de quem foi e acredita que os ministros que defenderam a anistia aos torturadores no STF devem se envergonhar disso. Para ele, a expressão “bolsa-ditadura” deveria ser aplicada aos ótimos cargos dados ao filho de um conhecido general. Por Ana Helena Tavares (*) Fernando de Santa Rosa, em seu apartamento iluminado pelo Forte de Copacabana. Foto: Ana Helena Tavares Meados de 2009. O então ministro da defesa, Nelson Jobim, o ex-chefe da polícia de Lacerda, Gustavo Borges, o ex-ministro do Exército do governo Sarney, general Leônidas Pires Gonçalves, e a então ministra do STF, Ellen Gracie; se reúnem para um jantar. “O que ela estava fazendo com esse tipo de gente?”, pergunta-se Santa Rosa. Abril de 2010. A Lei de Anistia é votada no STF (ADPF 153) e Ellen Gracie, seguindo voto do relator, Eros Grau, e de outros ministros, mantém a anistia aos torturadores. Início de 2012. Militares da reserva, saudosos de 64 – ano em que, para eles, houve uma revolução – assinam manifesto criticando a Comissão da Verdade. Enquanto isso, dois militares legalistas, cassados em 64 – ano em que foram presos por não compactuar com um golpe – assinam carta-aberta defendendo a mesma Comissão e criticando a “insubordinação e quebra de hierarquia, inaceitáveis na vida militar” contidas no outro manifesto. Os signatários da carta, que pode ser lida clicando aqui, são Fernando de Santa Rosa e Luiz Carlos de Souza Moreira. Ambos são advogados e militares reformados da Marinha, sendo hoje Capitães de Mar e Guerra. O Quem tem medo da democracia? conseguiu contato com os dois. Por problemas de saúde na família, Souza Moreira não pôde dar seu depoimento. Porém, disse sentir-se representado por Santa Rosa, que concedeu longa entrevista exclusiva para o QTMD?, na qual contou sobre o encontro narrado no início deste texto. Segundo ele, o jantar foi na casa do filho do general Leônidas Pires Gonçalves. Filho este que, depois de vários bons empregos, teria enriquecido depois de ganhar o cargo de diretor financeiro da Rede Globo. Para o militar reformado, isso é o que se pode chamar de “bolsa-ditadura”. Assista-o contando esta história. “Mal julgados” Como advogado, Santa Rosa atua há décadas na defesa de ex-presos políticos e acredita que todos os militantes de esquerda, que lutaram contra a ditadura, já foram investigados e punidos. “O filho de Nelson Rodrigues, que esteve preso, tratado barbaramente na prisão, tem que ser julgado de novo? Quer dizer que está mal julgado?, pergunta-se Santa Rosa. E continua: “Eles (os torturadores) é que ainda não deram a cara a tapa. Foram anistiados de quê, se não houve condenação? Só na cabeça do Peluso… Agora, se houver uma lei que anule a anterior (da Anistia), pronto… O Congresso pode fazer isso, como foi na Argentina.” “Fruto do medo” Ele acredita que a expressão revanchismo (muito utilizada por quem é contra a Comissão da Verdade) “é fruto do medo” e não vê conexidade entre os crimes dos dois lados, como entendeu o STF. “Não pode haver conexão entre um crime de um representante do Estado e o crime daqueles que combatem o Estado ditatorial”. Além da tortura, dentre os crimes imprescritíveis cometidos pelos agentes do Estado, está a ocultação de corpos, considerado “crime continuado” (que ainda não terminou). Santa Rosa considera que o Brasil tem que cumprir a condenação da OEA e lembra que “agora até a ONU está pressionando”. “Comunismo” O conhecido argumento de que os militares golpistas “livraram o Brasil de uma ditadura comunista” é completamente refutado por Santa Rosa. “Não se pode ser comunista?”, pergunta ele. “E nem todos eram! Existia naquela época o maniqueísmo. Se você não era lacerdista, você era comunista. Se você não era da direita, você era comunista. Se você era legalista, você era comunista… Porque, para ser legalista, tinha que ser anti-Lacerda… Então era o quê? Comunista! Isso não era só nas Forças Armadas. Era em tudo. Se você era nacionalista, era comunista… Mas o comunista nunca foi nacionalista… Era muito mais internacionalista… E hoje quem é internacionalista é o capital… Você vê o absurdo da história… Eu vim, em 1962, para o Rio de Janeiro. Estava fervendo a luta sindical, que não tinha nada de comunismo! O que havia era uma luta muito grande de exigências dos trabalhadores com os patrões… O capital e o trabalho… Sempre! Nunca foi diferente… Mas esses caras (os golpistas), para justificar o que fizeram, começaram a dizer que era para implantar o comunismo no Brasil.”. Contexto histórico Todos os principais acontecimentos que antecederam o golpe de 64 – desde a 2ª Guerra Mundial, as várias fases de Getúlio Vargas, o Marechal Henrique Teixeira Lott, que garantiu a posse de JK, a renúncia de Jânio Quadros, a Cadeia da Legalidade de Leonel Brizola até a queda de João Goulart – tudo foi detalhado por Santa Rosa, no início de nossa conversa. O QTMD? disponibiliza o áudio completo, que chega a quase duas horas sem cortes, neste link. Falando da campanha “O petróleo é nosso”, o Capitão de Mar e Guerra reformado citou a nossa fartura petrolífera como um exemplo de que “somos um país rico que é roubado pelos enganadores do império. Você nunca viu um general americano num tribunal internacional, né? Eles fazem e pedem desculpas… ou nem pedem”. Mídia: “o quarto poder” Santa Rosa comentou que ”não deu pra entender Miriam Leitão e O Globo entrando nessa história. Quando um carro da Globo está na rua, leva pedrada, por quê? Não é à toa… É a desinformação!” Lembrou ainda que “a Folha emprestava os carros de reportagem para os torturadores” e frisou que ”a mídia no Brasil, desde sempre, representou um quarto poder”. Sobre Carlos Lacerda, recordou que ele chamava Alzirinha, filha de Getúlio, de “prostituta pra baixo” e a acusava de promover “bacanais em Paris”. Além disso, disse que “Lacerda tinha um grupo que fazia a segurança dele, que contava com oficiais da FAB e da Marinha. Daí o caso do Major Vaz, assassinado na Rua Tonelero. O que ele estava fazendo ali? Era capanga do Lacerda!”. Desse modo, Santa Rosa deixou claro que, desde os tempos de Vargas, parte da imprensa brasileira e empresários estrangeiros representavam a ponta civil do golpe que se concretizaria em 64. Num dado momento, “as forças armadas entraram nisso também”. Enfatizou o “também” e detalhou: “O Brigadeiro Eduardo Gomes, remanescente dos 18 do Forte, em 1945 foi candidato à presidência pela UDN e perdeu para o general Eurico Gaspar Dutra. Eles (a UDN) nunca ganharam nada democraticamente, foram sempre golpistas. Depois, ele se candidatou em 1950 e foi fragorosamente derrotado por Getúlio. Então, o Brigadeiro Eduardo Gomes levou a política para dentro da FAB (Força Aérea Brasileira) e isso repercutiu na Marinha.” A difamação de Getúlio e outras tentativas de golpe O atentado da Rua Tonelero aconteceu em 1954, mesmo ano em que Santa Rosa fez o “juramento da bandeira” na Escola Naval. “Getúlio esteve lá (no dia do juramento), mas não deixaram a guarda dele entrar junto. Foram os aspirantes da Escola que fizeram a segurança para poderem continuar com as agressões ao presidente da República. Isso foi em 11 de Junho, eu recebi meu espadim… Depois que Getúlio se suicidou, a 1ª coisa que o comandante da Escola Naval fez foi reunir o corpo de aspirantes e dizer que a carta-testamento era mentirosa. Aí cria-se uma série de histórias para continuar a desmoralizar Getúlio…” Nos anos JK, “houve duas tentativas de golpe, conhecidas como Aragarças e Jaquereacanga. E JK anistiou todo mundo.” Segundo Santa Rosa, “muitos golpistas de 64 participaram dessas tentativas anteriores. E, em 61, quando Jânio Quadros renunciou e seu vice João Goulart precisou voltar às pressas da China, houve ameaça de abaterem o avião presidencial”. A prisão de Santa Rosa e a concretização do golpe de 64 “Um dia, eu estava de serviço aqui no RJ e soube que o meu ex-comandante em Salvador havia sido nomeado por João Goulart como superintendente da Costeira (Companhia Nacional de Navegação Costeira). Então, eu quis dar um abraço nele. Ele morava na rua Tonelero. E me convidou para ir com ele para a Costeira. Eu fui… Estava iniciando o mês de Março de 64. No dia 13, houve o comício (de João Goulart) na Central do Brasil. Meu chefe disse: ‘Vai lá e veja como está o pessoal da Costeira’. Cheguei lá… A polícia do Exército tinha feito uma área em volta do palanque para repórteres. Eu fui para essa área e a TV Rio me deu um close, visto pelo meu filho e pela CENIMAR… Fiquei exposto… Quando chegou na Semana Santa (pertinho do golpe), os marinheiros se rebelaram, mas não com armas… Fizeram um protesto no Sindicato dos Metalúrgicos de São Cristóvão… Aí começou o bolo… Eu era Capitão-Tenente e tinha uma função de governo: eu era assessor de confiança do superintendente da Costeira. E foram me dadas instruções para acompanhar pessoalmente a crise… Houve o último discurso de Jango e um advogado amigo meu me disse: “Pelo discurso, ele tá caído…” Dia 31, fiquei na Costeira. Dia 1º, voltei pra casa, passei pela sede da UNE e estava sendo incendiada… E tinha um monte de gente com bandeiras brancas invocando Jesus… Porque a Igreja Católica apoiou o golpe, no início. Bom, aí no dia 6 eu me apresentei à Marinha de volta da Costeira e… fui preso! Fiquei 58 dias preso no navio Princesa Leopoldina. E aí já estavam matando gente… No dia 4 de Abril, mataram, com 7 tiros pelas costas, o coronel aviador Alfeu, na base aérea de Canoas. Os tiros foram disparados pelo então Coronel Aviador Hipólito, posterior Brigadeiro, dos mais truculentos torturadores juntamente com Bournier. São esses caras (que matam pelas costas) que hoje são tidos heróis… Tem um Brigadeiro Hipólito, que desde Major, na época do “Petróleo é Nosso”, já torturava sargentos em bases aéreas do Nordeste. Isso está na “História Militar do Brasil”, do general Nelson Werneck Sodré.”, contou Santa Rosa. E nunca acontece nada com “esses caras”? “Nada! Eles são ótimos! Os comunistas somos nós… Os terroristas… Eles não… São todos honestos! Como era o Major Albernaz… Você sabe o que esse animal fez? Animal não! Não vou xingar os animais! Esse cara é monstro! E os que defendem essa gente são monstros também! Por omissão e por adesão… O general Paiva (que deu entrevista a Miriam Leitão) falou tanta idiotice… E olha que o militar, quando chega ao posto de general, não é um bobo… Ele chega por qualidades… Mas esse general não tem consciência de coisa nenhuma, não tem nem alma! Eu tive pena da entrevista dele. Ele não respondeu nada. Eles se apoiam numa anistia escandalosa que dizem que foi negociada. Foi nada! Isso foi o general Figueiredo que impôs. A história do Frei Tito, por exemplo… O Major Albernaz pegou ele, um rapaz de 28 anos, e disse: ‘abre a boca que vai receber a hóstia sagrada’…. Com o Frei Tito já todo escangalhado, destruído, o Major meteu dois fios de eletricidade, um positivo outro negativo, e deu uma descarga elétrica na boca dele… Isso está descrito com detalhes no livro “Batismo de sangue”, do Frei Beto. Então, esses são os homens salvadores da pátria.”, desabafou Santa Rosa, carregando na ironia. Santa Rosa disponibilizou diversos documentos ao longo de sua conversa com o QTMD?. Com esta notícia, de 1984, ele buscou mostrar que "já fora do Exército, o Major Albernaz se passava por Coronel para praticar crime de estelionato, iludindo a boa-fé dos incautos". Ministério da Defesa: “um biombo de fascistas” A cassação de Fernando de Santa Rosa foi publicada no Diário Oficial de 25 de Setembro de 1964. E até hoje ele não foi totalmente anistiado. “Eles procuram dificultar e interpretar toda a legislação subsequente de modo a prejudicar, principalmente, os militares cassados. Porque os civis quem está tratando disso é a Comissão de Anistia e o Ministério do Planejamento, pela Lei 10559. Quanto aos militares, cabe à Comissão de Anistia e ao Ministério da Defesa, que é um biombo de fascistas! Os milicos fascistas pululam lá e conseguiram dominar o CONJUR, a Consultoria Jurídica, que nada mais é que uma parte da AGU (Advocacia Geral da União). Já chegou ao ponto de o CONJUR do Ministério da Justiça se chocar com a do Ministério da Defesa. A obrigação que o Ministério da Defesa tem é de cumprir as decisões publicadas por portaria do Ministro da Justiça. Mas eles pressionam e querem mudar”, disse Santa Rosa. “Eles se acham a justiça” Santa Rosa explicou que este curso foi em 2009. Segundo ele, "o problema é que a OAB não tomou conhecimento.O curso foi dado por altos oficiais militares. O que essa gente sabe de direito para ensinar desembargadores, magistrados e juízes como julgar? E ainda põem um cadete apresentando o espadim... Cadê o símbolo da Justiça se é um curso de Direito? Eles se acham a justiça e tem aí um desembargador fascista (sublinhado) que só julga o que eles querem..." A ação da OAB para revisar a Lei de Anistia (ADPF – 153) Quem entrou com a ação, em 2009, foi o então presidente da OAB, Cezar Brito. De acordo com Santa Rosa, “para tratar desse problema desses torturadores, genocidas, assassinos. Esse pessoal estranho que está fazendo assinaturas para virar a página… Que página que vai virar? Choque elétrico, cadeira do dragão, coroa de Cristo (um aro de metal colocado na cabeça e apertado até estourar o crânio)… Esses caras querem que esqueça porque não foi na mãe deles! Nem na esposa, nem nos irmãos, nos filhos… Foi no dos outros! Aí querem que esqueça, porque eram ‘comunistas’… Como se comunista não pudesse pensar, não pudesse existir! E (como já disse) nem todos eram… Hoje, eu sei o que é comunismo. Esses porcarias não sabem nada, porque não leem! Leem “Seleções”, aquela revista americana…” “Eros Grau teve vergonha e jogou a toga pra lá” A relatoria da ADPF-153 caiu nas mãos do então ministro do STF, Eros Grau – que foi torturado na ditadura – e votou a favor da anistia aos torturadores. Esse foi o seu último julgamento. Para Santa Rosa, “foi um fim melancólico para Eros Grau. Ele teve vergonha, jogou a toga pra lá e nunca mais deu as caras”. “Não se faz anistia para o futuro” Santa Rosa diz que gostaria de perguntar ao general Luiz Eduardo Rocha Paiva (que deu entrevista a Miriam Leitão defendendo a anistia aos torturadores) se a morte de D. Lida Monteiro (durante atentado à OAB em 1980) e a bomba do Riocentro (em 1981) – onde, conta Santa Rosa, “estava o Coronel Wilson, segurando as vísceras” – estão anistiadas. Foram posteriores à Lei de Anistia, de 1979, e “não se faz anistia para o futuro”, garante o advogado e militar. O pensamento dos militares da ativa Segundo o general da reserva disse em entrevista a Miriam Leitão, o pensamento dele reflete o do pessoal da ativa. O militar reformado Fernando de Santa Rosa discorda. “Eu frequentava o Clube Naval. Nunca mais fui lá, porque não me sinto bem. Tinha um Capitão de Fragata, da ativa, rapaz novo, muito educado… Eu sou espírita e um dia eu o encontrei num centro. Ouvimos uma palestra muito bonita. Somos amigos e, quando saímos, ele veio falar comigo e pediu que eu falasse um pouco sobre ‘esse negócio de tortura’… Falei… E ele disse: ‘eu acredito’. Ele foi até comandante do porta-aviões São Paulo. Então, eu digo com toda certeza que eles querem fazer uma consciência chapada, à força, mas existe liberdade de pensamento. Inclusive, nas leis militares, ordem errada pode ser contestada. E existe o direito de ir ao judiciário. Eles põem na cabeça das novas gerações militares que não pode ir e muitos se prejudicam porque têm medo de serem perseguidos lá dentro. Dizem que a Marinha é aristocrata, mas vai ver quantas assinaturas têm (no manifesto contrário à Comissão da Verdade)… Se tiver dez da Marinha é muito. Só dá verde-oliva! O dever (dos militares) é servir ao país e não ganhar o dinheiro do povo para trair o país. É o que muitos fazem desde 64 nos Clubes Militares”, frisou Santa Rosa, que diz não ter interesse em ser integrante da Comissão da Verdade e não acha que deveria haver militares entre os membros. “Fosso de lideranças” Para Santa Rosa, a ditadura militar “criou um fosso de lideranças. Não houve renovação. O futuro desse país se cria num Campus Universitário. Por isso, esses Campus têm que ter liberdade de troca de idéias. Não interessa se é fascista, se é comunista, se é democrata: tem que haver discussão! E o que eles fizeram na ditadura? Invadiram as faculdades, introduziram militares espiões para prenderem as lideranças. Para amedrontarem! Eu estava na Faculdade Nacional de Direito e vi lá dentro o nascimento da luta armada. Porque essa meninada não tinha mais para onde correr… Eu chegava na minha faculdade, todo dia era faculdade cercada. Perguntava: ‘O que houve?’ Diziam: ‘Nada!’” A importância para a sociedade Santa Rosa calcula que “cerca de 70% da população brasileira de hoje não viveu a ditadura.” E, para ele, muitos destes estão “alienados pelas mentiras contadas durante mais de 25 anos. A maioria de nossa juventude se perdeu… É preciso criar consciência para que esse povo saiba a história desse país. A educação está uma tragédia, que começou com Jarbas Passarinho. Estamos pagando esse pato até hoje”. Clique aqui e assista a Santa Rosa falando sobre a importância dessa discussão para a sociedade. A presidente Dilma e o Congresso Quanto à atuação de Dilma, Santa Rosa considera que ela “recebeu uma herança maldita no Congresso e está fazendo o que pode. Está difícil para ela equilibrar isso. Não temos um Congresso confiável. Tirando meia dúzia, o resto é ladrão. O PMDB não é o de Ulysses Guimarães… Isso é a quadrilha! O PMDB não lança candidato à presidência da República… Eles querem ficar atrás pra comer! Esses partidos querem dar apoio ao governo, mas a troco de ministério com porteira fechada. Parece uma fazenda… É um loteamento do dinheiro público! E tem ralo desde o governo federal, até os estaduais e os municípios. E o pior: esse tipo de político acha que o dinheiro público é um dinheiro sem dono. Como eu já vi um prefeito dizer.” “Se ela fizer um troço malfeitinho…” “A Dilma está toureando isso tudo e ainda tem gente de esquerda danado com essa moça… Eu me ponho no lugar dela e não queria isso para mim! Criticar é muito fácil… Quero ver dar solução… Se ela fizer um troço malfeitinho, desaba tudo e dá brecha… Não pense você que não existe conspiração… Sempre existiu! Não vejo possibilidade de novo golpe, mas em 64 também não se via… Naquela época, era a ‘casa da mãe Joana’… Hoje, ainda é, mas o Brasil está sendo respeitado pela situação econômica”, analisa Santa Rosa. “De que barro és feito?” Abaixo, um vídeo em que Fernando de Santa Rosa declama um poema para os torturadores: “Tu comes e dormes, apesar do teu ofício? De que barro és feito, afinal, torturador?” “Ditadura das elites” “Não vivemos mais numa ditadura militar, mas vivemos numa ditadura das elites. E quem representa as elites é o Congresso. O político depende da consciência do povo. Se o povo pressionar, eles mudam. Eles têm medo da democracia”, conclui Fernando de Santa Rosa. Esta entrevista é a 11ª de uma série. Clique aqui para conferir as anteriores. *Ana Helena Tavares é editora do site Quem tem medo da democracia? inShare Print FriendlyImprima, salve em PDF ou envie por e-mail Quantas estrelas? Recomendar416 Tags: Fernando de Santa Rosa 13 comments 1 menção Juliojustiça 06/04/2012 em 21:20 (UTC -3) Responder A minoria tenta deturpar as verdades. Comissão da verdade? Será? Com sa próprias rapposas entregue a chave do galinheiro. Se Beira-Mar for escalado para condenar os presos, como seria? Deveria se chamar Comissão da Injúria. Onde estão as “provas” dos supostos crimes? E os mais de 200 que foram assassinados pelos terroristas? Vamos deixar de bricar e pensar no progresso do país que passa fome, sem instrução, sem segurança, sem estradas, sem direitos humanos, sem saúde, sem perspectivas. As forças Armadas hoje tem mais de 79% de aprovação e confiabilidade da sociedade. Portanto, a minoria vencida que está tentando conturbar. Meninos, eu vi! 0 1 Gostou? juliojustica 02/04/2012 em 16:56 (UTC -3) Responder Já fui estudante e me envolvia nestas manifestações, de catarse coletiva. Hoje, me arrependo pois fui enganado, me usaram como “inicente útil”. Prometeram muito dinheiro para mentir, que eu iria pra Moscou aprender terrorismo. No final nada disto aconteceu. Mentiram e me usaram. É o que acontece com estes jóvens, que irão mais tarde se arrepender. Democracia com violência? Truculência? É o que fizeram com mais de 200 brasileiros, maioria civil, que ataram em nome do comunismo. Onde estão os ossos? E a comissão da verdade? Pobre país, sem cultura, sem rumo, sem destino. Marx estava certo: repita várias vezes uma mentira e ela se tornará verdade. Hoje vejo que os “terroristas” não queriam o comunismo. Queriam ficar ricos e milionários como estão. E os inocentes úteis? Estão lutando pra sobreviver. Jóvens, abram os olhos! Estão sendo usados. Vossa violência só leva ao caos. E eles estão numa boa, longe das confusões. É o conselho de um jóvem como vocês que hoje não se engana mais. Deus os proteja! 1 1 Gostou? TiTa Ferreira e Raymundo Araujo Filho 24/03/2012 em 21:04 (UTC -3) Responder De Micos, Coturnos e Gorilas 23.03.2012 A dita esquerda braZileira, através dos militares atingidos pelo golpe de 64, nem todos de esquerda, é preciso que se tenha isso bem claro, estão na verdade colaborando para configurar a presidenta numa militante de direitos humanos, através do reavivamento de seu passado de porra louca guerrilheira, para através dessa cortina de fumaça ela, a presidenta barbada prossiga no seu projeto neoliberal de entrega das riquezas de nosso pais ao capital internacional, esquecendo-se todos, não sabemos se por conveniência, que o braZil é hoje é um país onde reina o modelo do Pensamento Único, aquele que transformou os Cidadãos em meros Consumidores, capitaneado pela abertura ou fechamento dos cofres do governo, pontualmente a cada questão política colocada e a doação de migalhas ao Povo, afinal ninharia frente ao que se exonera deste mesmo Povo, em doação aos estrangeiros e para a porca elite brasileira. Recentemente, circulou um artigo na internet, denunciando que Honduras é hoje o principal laboratório de um novo modelo de ditadura disfarçada. Mais uma cortina de fumaça! Qual o país onde os trabalhadores estão sendo impedidos de fazerem greve, pois o Poder Judiciário impõe que as categorias em greve coloquem até 80% do efetivo….trabalhando, sob a pena de pesadas multas ao sindicato da categoria, criando claramente um “clima” anti greve que, muitos se esqueceram, é uma conquista secular dos trabalhadores? O braZil, é lógico! Qual o país em que manifestantes contra o aumento mais do que abusivo das passagens de ônibus são espancados brutalmente em suas manifestações? Onde manifestações e até livros são proibidos judicialmente, ao arrepio da Constituição de 1988? Onde as favelas e bairros pobres, seletivamente selecionados por estarem no roteiro dos grandes eventos, são ocupadas por uma polícia, cujo efetivo é constituído de facínoras, em grande parte corrupta e violenta, agora auxiliados pelas Forças Armadas, recentemente treinadas para conflitos urbanos lá no Haiti, mas cujos habitantes continuam sem saúde pública e educação, além de segurança minimamente decente? O braZil, é claro! Qual o país onde a mídia corporativa, embora critique no varejo o governo, é só elogios para as macro políticas desenvolvidas para o regozijo do capital? Onde mega empreendimentos e seus orçamentos claramente superfaturados são feitos sem mínima aprovação da população, aliás muito mal informada sobre eles? Qual o país onde os que exercem o Poder apenas se locupletam do erário, protegidos por uma blindagem midiática e de “cala-bocas” em dinheiro, tendo um altíssimo nível de promiscuidade institucional entre o público e o privado ? Onde as maiores obras estruturais, equivocadas decerto, anunciadas com grande rebuliço eleitoreiro, agora descobre-se paralisadas em 75% , além de superfaturadas? Onde tudo o que existe são oligopólios internacionais mandando em nossas vidas, enquanto o governo entrega como “nunca d’antes em nosso país”, auxiliados por uma “Blitzkarg” de midiotas pagos a peso de ouro, para defenderem o governo (o PILD – PARTIDO DA IMPRENSA Lullo-DiLLmista)? O braZil, é lógico! Novo modelo de ditadura, meus senhores e senhoras, trabalhadores e trabalhadoras, jovens e jovas é aqui mesmo, no braZil,il,il ! Tão Ditadura que até parece a Democracia Burguesa. Mas, mesmo assim, algo andou fora da Nova Ordem Mundial. As forças progressistas e internacionalistas obrigaram que a OEA exigissem do Brasil a investigação dos crimes imprescritíveis, POR TRATADO ASSINADO PELO BRASIL, de TORTURA e SEQUESTRO e DESAPARECIMENTOS POLÍTICOS e OCULTAÇÃO DE CADÁVERES, o que os governos “populares e democráticos e de esquerda” de Lulla e DiLLma se negaram solenemente a fazer, ao contrário, fechando acordo obscuro com os militares da linha duríssima (os outros existentes são só da linha dura), os colocando em postos chaves na guarda da memória dos documentos da época ditatorial, como foi denunciado pela profa. Jesse Jane (ex presa política, torturada e banida do país em troca de embaixador sequestrado pelas forças de esquerda) na ocasião de sua demissão, junto com o historiador Carlos Fico do Centro de Referências das Lutas Políticas no Brasil, denunciando sonegação de informações pela milicada que lá está, colocados pelo governo do PT. A presidente DiLLma, acossada por um vexame de proporções internacionais, resolveu então “ceder” às pressões, mas sem descuidar em manietar o Projeto de uma Comissão da Verdade, lançando um modelo minimalista na capacidade de investigação e pessoal habilitado, sem orçamento próprio, e maximizado no período a ser revisto, incluindo os tempos de Getúlio Vargas, em clara manobra para calar forças políticas que o tem como líder até hoje, a maioria aglutinados no PDT de Brizola, que vivo, a meu ver, não estaria neste governo, nem a pau, como fazem seus ex correligionários em claro assalto ideológico à legenda do velho Briza que, se nunca foi um modelo a ser seguido cegamente, tem biografia muito acima destes que estão aí hoje, inclusive usando e vilipendiando o seu nome pois, como diria o próprio “já costearam o alambrado, há muito” (uma referência aos cavalos que fogem do páreo, pulando a cerca da pista). No lançamento desta momesca Comissão da Verdade, já vimos a que veio esta porcaria: A filha de um dos torturados e assassinados mais emblemáticos do “tempo dos coturnos malditos”, o jornalista Rubens Paiva foi IMPEDIDA de usar a palavra pela comunidade militar, em claro vilipêndio à própria Constituição atual, tão estuprada hoje, quanto nos tempos da ditadura, com o apoio inequívoco de um sistema judicial iníquo, corrupto e useiro e vezeiro em praticar ilegalidades jurídicas, na maior cara de pau e protegidos pelos próprios fóruns, eivados de atitudes e decisões corporativas, tão somente, muitas vezes ao arrepio da Lei. Mas, fêz-se uma efêmera luz no fim do túnel, através da descoberta que Promotores Públicos possam usar a figura do “crime continuado”, em relação aos sequestros e mortos sem a localização dos seus corpos que, com a declaração auto condenatória da esquálida ministra dos direitos humanos Maria do Rosário admitindo a ineficiência e fraqueza moral do governo DiLLma Roussef, seguindo os passos do seu antecessor Lulla, disse para que “os familiares dos desaparecidos entrassem na justiça, para reabrir as investigações”, mostrando, sem nenhuma vergonha nem moral e nem politica, ao nada que veio, e querendo fazer que acreditemos que o aparelho judicial burguês (e refiro-me exatamente ao STF, onde irá parar esta questão) irá para o confronto com os militares. Foi a senha para que os micos de pijama, antes gorilas de coturno, embainhassem os seus prepúcios frouxos e imprecassem contra a sequer nomeada Comissão da (Meia) Verdade e Mentira e Meia, reunidos no Clube Militar, no Rio, emitissem nota troglodítica, invertendo valores universais e contrariando o texto constitucional brasileiro dizendo “que não se esqueça a presidenta Dilma que as forças armadas, antes de defender o governo, têm a missão de guardar e defender a democracia”, em clara ameaça frontal ao Poder Constitucional Civil, o mesmo que alimenta estes soturnos coturnos insaciáveis. Até agora ninguém foi preso, apenas uma determinação que os ministros militares passassem aos comandos regionais dos militares que assinaram o tal manifesto “uma punição da maneira que acharem mais conveniente”. E não se falou mais nisso. Aliás, os mesmos militares de coturnos frouxos, visto a proibição de haver qualquer manifestação em louvor ao golpe civil-militar de 31 de março / 1 de Abril (os militares otários, ainda deixaram-se ficar com a má fama sozinhos), resolveram promover um almoço comemorativo em desagravo à quartelada….no dia 29 de Março e sem serem admoestados pela presidenta, no mínimo negligente de suas obrigações, para ficar só neste leve adjetivo, agindo de forma pusilâmine, a nosso ver, reafirmando o ditado fascista “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Galvanizando esta verdadeira tragédia de erros, as Organizações Globo agora são louvadas por gente que se diz de esquerda, pois as relações públicas Mirian Leitão (só Merval Pereira é páreo para ela), antigamente conhecida com o Mirian “Leilão” escreveu artigo, em sua coluna no jornal O Globo, negando a versão dos militares, totalmente divulgada como se fosse verdade pelo jornal e TV das Organizações Globo. É o vazio ideológico proporcionado pela Ex Esquerda Corporation W.C. abre espaço para que este complexo midiático, o maior porta voz da ditadura, apague esta mácula de seu currículo, aos olhos das novas gerações. Imediatamente, alguns que dizem lutar a favor da Verdade Descortinada e Criminosos Militares Punidos deram mostra de não estarem a altura de suas responsabilidades, caindo de elogios à Mirian Leitão e correndo em apoio “a ex guerrilheira” e atual presidenta (entreguista) do braZil, Dilma Roussef que, “por coincidência” passa por delicado momento de fragilidade política, por querer fingir que é possível conviver com porcos, sem ficar parecida e cheirando igual a eles. Nada me faz abandonar a idéia que estes micos de pijama foram insuflados por ordem do Planalto, para que se manifestassem da forma histriônica, como sempre acontece, promovendo o que venho chamando de Confusão Programada e Refração Ilusória à Esquerda, em relação à presidenta entreguista, tornando este zoológico de coturnos aposentados e seus aliados de colarinho branco, nada mais do que cabos eleitorais dos que dizem combater. E, os que considero bem intencionados, mas insuficientes que não façam o papel de Inocentes Inúteis, ajudando a limpar a barra dos que entregam nossas riquezas, sangue e suor ao capital internacional. Desta forma, a partir de uma proposta levada pelos Movimentos Sociais não aparelhados por Partidos Políticos, o Fórum dos Movimentos Sociais, reunidos dia 22 / 03, decidiram incorporarem-se à manifestação a ser realizada na porta do Clube Militar, Rio, no dia 29 de Abril, onde uns vão comparecer de pijama (em alusão aos milicos de pijama). Eu, de minha parte, comparecerei com alguns pinicos rosas, que encheremos de um líquido amarelo escuro, não para simbolizar a incontinência urinária, atribuída frequentemente a estas espécies de símios armados, pois é afinal é doença que atinge gregos e praianos, mas simbolizando a bilis que estes homens abjetos exalam, diariamente, vindo das profundezas de suas vesículas sobrecarregadas de ódio e covardias. Todos lá, na porta do Clube Militar, no Centro do Rio, a partir das 11h da manhã do dia 29 de Março, para fazermos a contra mídia das Organizações Globo, agora posando de ?democratas?. Pessoalmente também, estaremos puxando palavras de ordem contra a DiLLma Entreguiista e Covarde. (*)Tita Ferreira é professora de história e mantenedora do sítio titaferreira.multiply.com. (*)Raymundo Araujo Filho é médico veterinário homeopata e membro da IWA (International Writers and Artists Association) e só gosta de micos da família dos símios e sem coturnos. Publicado também em: - Correio da Cidadania [http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6952:submanchete230212&catid=72:imagens-rolantes] - CMI [http://brasil.indymedia.org/pt/blue/2012/03/505437.shtml] (QTMD)

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