sábado, 21 de abril de 2012

Millôr, o gênio de direita

Posso não ser um bom exemplo. Mas sou um bom aviso Ano XII • Número 634 • Abril de 2012 Todo Juiz, mergulhado num julgamento de corrupção, sofre um impulso pra cima igual ao peso dos corruptos por ele inocentados INSTITUTO DE PESQUISA DO SAITE Ver resultado Resultado da Pesquisa anterior MILLORIANAS Fim de semana, nunca tantas pessoas, em tantos veículos, trafegam em tantas vias, e tantas direções, com tanta velocidade, indo a tantos lugares, pra voltar logo, cansados e arrependidos. O ABRIDOR DE LATAS Pela primeira vez no Brasil um conto escrito inteiramente em câmera lenta Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse: - Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia dessa vida? - Formidável - disse a tartaruguinha mais nova 12 depois - vamos fazer um pique-nique? Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o pique-nique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinha e várias dúzias de refrigerante, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um pique-nique. - Ah - disse a tartaruguinha, 8 anos depois - excelente local este! Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas. Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas. - Está bem - concordou a tartaruguinha três anos depois - mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar. Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu. Passaram-se cinqüenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada. Mais 8 anos e nada ainda. Afinal uma das tartaruguinhas murmurou: - Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem? As outras concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Aí outra tartaruga disse: - Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará. As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, 15 anos depois, acharam que deviam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse: - Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem. Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu: - Ah, murmurou ela - eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora não vou buscar mais o abridor, pronto! Fim (30 anos depois) Mais! CONPOZISSÕIS IMFÃTIS: A BANANA A banana é uma coisa muito parecida com uma salsicha só que da salsicha se come a casca mas a mamãe não deixa a gente fazer o mesmo com a casca da banana. As salsichas a gente come elas deitadas mas as bananas se come é em pé. As salsichas o professor diz que dependem do engenho humano e as bananas nascem nos cachos mas ninguém conhece a máquina de colocar elas lá dentro das cascas. As bananas pertencem ao reino vegetal, agora as salsichas nunca se sabe de onde é que vêm. Tem muita gente que não gosta de salsicha mas não tem pessoa nenhuma que não aprecie banana, exceto a que escorrega na casca de uma. Tem mais MILLÔR E AS PALAVRAS BÍBLIA DO CAOS Olha, olha o nosso Congresso. Olha que coisa mais feia, é gripe porcina, que veio pra ficar. Luz cara mas que não aquece, iluminando flores que não cheiram e congressistas que não fedem nem cheiram, ou cheiram demais. Do Ivan Fernandes para o Millôr Homenagem do Claudius Ivan, quer almoçar comigo, caso queira? Te ligo. No mais amplo sentido. O Millôr. (Saite do Millôr)

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