domingo, 26 de janeiro de 2014

Gays

Gays palestinos, cansados de perguntas incômodas por Vinicius Gomes Em resposta a campanha internacional lançada por Israel para se autopromover, eles afirmam: “não pode haver libertação sexual em meio ao apartheid” Por Vinicius Gomes “Israel é um refúgio seguro para homossexuais palestinos”? “Como vocês lidam com seu principal inimigo, o Islã”? Ativista gay na Cisjordânia, membro organização Al-Qaws (que significa “arco-íris” em árabe), o palestino Ghait Hilal dá-se ao trabalho responder estas peguntas, num texto recente, publicado por Eletronic Intifada e traduzido por Rebelión. Ele o faz de forma irônica e habilidosa. Embora viva numa sociedade conservadora, quer enfrentar uma campanha de desinformação lançada pelo governo de Telaviv há anos, para justificar a ocupação da Palestina sugerindo que que em Israel há liberdade sexual e de gênero. Ao longo de oito respostaS, Hilal desfaz este mito. Às vezes, zomba das próprias questões: “o Muro do Apartheid está cheio de portas brilhantes cor-de-rosa, prontas para admitir aqueles que façam poses estupendas”, brinca ele. Em ouros, dispõe-se a enfrentar questões políticas complexas. Considera, por exemplo, que “os principais grupos LGTB do Norte [do planeta] querem fazer crer que os homossexuais vivem num muno à parte, conectados a suas sociedades unicamente como vítimas dda homofobia. Mas não se pode conqusitar a liberação homessexual enquanto existam o apartheid, o capitalismo e outras formas de opressão”. O ponto central que Hilal quer evidenciar é: o principal problema que qualquer palestino enfrenta é a presença do exército de Israel em seu cotidiano. O islamismo, com todas as suas imagens caricatas de apedrejadores-de-adúlteras ou cortadores-de-mão-de-ladrões, é apenas a religião sob a qual foram criados – e que escolhem seguir ou não, como fazem os que vivem em países majoritariamente cristãos ou judeus. A campanha de Israel a qual o texto responde comeou em 2005, com a ajuda de publicitários norte-americanos, e é apelidade de “pinkwashing”. Procura projetar, em todo o mundo, a imagem de um Israel “relevante e moderno”; e sua capital, Tel Aviv, como um ponto de destino internacional para gays. É considerada uma estratégia deliberada para omitir a contínua violação dos direitos humanos dos palestinos por trás de uma imagem de tolerância. É principalmente isso que a Al-Qaws, junto com outras organizações, combate e que não existe uma “grande família rosa feliz” entre homossexuais palestinos e israelenses. Ou seja, ser gay não elimina a dinâmica de poder entre colonizados e colonizadores. (Outras Palavras)

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