quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks

Fundador do WikiLeaks, Assange é preso em Londres
7/12/2010 9:48, Por Redação, com agências internacionais - de Londres

Julian Assange é um dos fundadores do WikiLeaks
Fundador do sítio WikiLeaks, Julian Assange, foi detido pela polícia britânica nesta terça-feira, com base em um mandado internacional de prisão emitido pela Suécia, disse a Polícia Metropolitana de Londres, em uma breve nota à imprensa. Promotores suecos emitiram um mandado de prisão para o australiano de 39 anos, que é procurado na Suécia sob suspeita de cometer crimes sexuais, acusação que ele nega.
A justiça sueca expediu um mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro. O WikiLeaks tem provocado a ira do governo norte-americano e levando empresas como a PayPal e a Amazon a deixarem de prestar serviços ao site. O banco suíço PostFinance congelou as contas de Assange. O site diz que a medida bloqueia 31 mil euros. Em comunicado, o WikiLeaks afirmou que o fundador do sítio perdeu 100 mil euros em bens em uma semana.
O WikiLeaks tem divulgado, nas últimas semanas, milhares de documentos reservados da diplomacia norte-americana. Entre eles, uma mensagem secreta, assinado em fevereiro de 2009 pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. O texto revela que alguns recursos naturais brasileiros estão em uma lista de interesses estratégicos de Washington e são considerados “vitais” para a segurança nacional norte-americana.
O documento apresenta uma relação de cerca de 300 locais espalhados pelo mundo cuja perda “pode ter um impacto crítico na segurança econômica, saúde pública ou na segurança nacional dos EUA”. A recomendação de Hillary era para que todas as embaixadas produzissem uma lista onde há pontos “críticos de infraestrutura” e “recursos-chave” em cada país.
No Brasil, os locais relacionados foram: dois cabos submarinos de telecomunicação em Fortaleza (CE) e um no Rio de Janeiro, as minas de minério de ferro e manganês da multinacional Rio Tinto – que hoje pertencem à Vale -, e as minas de nióbio de Araxá (MG) e Catalão (GO). Não constam da lista as reservas do pré-sal e nem os recursos biológicos da Amazônia, alardeados pelo governo brasileiro como locais que precisam ser protegidos da ameaça externa.
O Brasil possui 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio, metal usado em ligas de grande resistência, matéria-prima para cápsulas espaciais, mísseis, foguetes, reatores nucleares e semicondutores. O produto é considerado fundamental para a indústria bélica e espacial dos EUA, que importa do Brasil até 87% do nióbio de que necessita.
(Correio do Brasil)

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