terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Wikileaks

Wikileaks, a gota incômoda




Comunicação Social

Katia Monteagudo
Qui, 02 de Dezembro de 2010 17:06
Desde domingo (28 nov.), o Wikileaks tem em xeque o Departamento de Estado norte-americano, e não são poucos os que prognosticam semanas de intensa mobilização informativa pelo vazamento de 250 mil relatórios das embaixadas estadunidenses no mundo.
Durante vários dias, os jornais The New York Times, The Guardian, El País, Le Monde e Der Spigel, entre os mais influentes do planeta, têm revelado parte do conteúdo das mensagens que hoje ocupam cabeça da diplomacia dos Estados Unidos.
Hillary Clinton, secretária de Estado, de imediato qualificou este fato como um ataque não só aos interesses da política exterior de seu país, mas também contra a comunidade internacional.
Os especialistas asseguram que os 1,6 gigabytes de arquivos de textos vazados, revelam uma história diplomática contemporânea sem precedente.
Estes documentos foram tirados da própria rede cibernética de informação do Departamento de Defesa, conhecida como Siprnet, a que têm acesso mais de dois milhões de especialistas norte-americanos.
Por tal motivo, a força armada estadunidense mantém detido há sete meses o soldado Bradley Manning, de 22 anos de idade, como suspeito de baixar material secreto sem autorização, enquanto exercia como analista de inteligência em uma base militar no Iraque.
Manning será levado a julgamento militar no próximo ano, sob suspeita de ter facilitado ao Wikileaks o vídeo de um helicóptero militar que assassinou vários civis em Bagdá, inclusive dois repórteres da Reuters, a que se acrescenta ter facilitado centenas de milhares de documentos sobre as operações no Afeganistão e Iraque.
Também lhe atribuem a cópia dos novos relatórios que se expõem nos cinco meios escolhidos para os divulgar em conjunto com este site, ainda que o Wikileaks permaneça praticamente bloqueado desde o domingo passado.
Seu acesso é negado como consequência de um ataque cibernético de 10 gigabytes por segundo, equivalente -segundo especialistas- à ação simultânea de dois milhões de computadores.
Não obstante, referem analistas, estes novos dados colocaram em estado de debate, alerta e consternação o governo dos Estados Unidos, a comunidade internacional, a diplomacia e o exercício do jornalismo na era da Internet.
Crua e claramente estão mostradas as evidências das torturas, dos disparos abundantes contra civis, os arranjos nos bastidores para entorpecer a justiça, as pressões contra governos e até a maneira de buscar pretextos para justificar guerras.
E ainda que as opiniões tenham ido desde a aprovação à crítica das ações do Wikileaks e de seu fundador, Julian Assange, a veracidade dos conteúdos expostos ninguém pôde negar e não é pouco o esforço para conduzir os debates para a legalidade do proceder do site, em vez da análise dos conteúdos expostos.
Sobre Assange, cujo paradeiro se desconhece, pesa hoje uma ordem mundial de prisão, emitida pela INTERPOL, e é investigado nos Estados Unidos, onde poderia enfrentar penas segundo a Lei de Espionagem.
Enquanto tenta-se descarrilhar a verdadeira polêmica sobre os significados destas provas documentais originais, várias análises concordam e insistem em que os meios tradicionais já perderam o monopólio da informação que antes gozavam.
O vazamento que hoje dá a volta ao mundo, começou a mover-se mediante uma memória portátil do tamanho de um dedo, para depois passar a uma página na internet e depois aos cinco jornais escolhidos. A rádio e a televisão só ficaram para comentar o ocorrido.

Pepe Escobar, autor de Globalistan: How the Globalized World is Dissolving into Liquid War, refere que é saudável saber que em segredo o imperador (do Norte), agora completamente nu, fala mau de seus amigos, bajuladores e inimigos, e demonstra que para nada é amigo da informação democratizada.
Na sua opinião, volta-se a demonstrar que a verdadeira informação está na Internet, e não nos meios corporativos globais.
"Os cidadãos do mundo deveriam fazer o melhor uso para desmascarar e ridiculizar o poder", expõe Escobar em recente artigo na página digital alternativa Rebelião.
Para Noam Chomsky, reconhecido politólogo e acadêmico estadunidense, não é novo usar os vazamentos para revelar provas documentais originais, e está convencido de que, quanto maior seja a acessibilidade à informação com as modalidades eletrônicas, haverá mais casos similares a este.
Em seu entender o que está fazendo o Wikileaks é uma forma legítima de jornalismo, ainda que pensa que se tomarão medidas severas para o bloquear. "Há coisas nos telegramas que os governos não querem que sua própria população saiba", assegura.
Amy Davidson, editora da revista The New Yorker, alerta que não faltarão vozes para acusar Assange e seus colaboradores de espiões e que sejam incluídos na lista de combatentes inimigos.
Também prevê que sejam congelados os ativos da organização e seus partidários, além de aplicar sanções financeiras às instituições que colaborem com ela, e que se dê a ordem ao Cibercomando dos Estados Unidos para que os golpeiem pela via eletrônica.
Não serão poucas as ações contra o Wikileaks, a gota incômoda que tem hoje de pernas para o ar a política exterior estadunidense. A caçada de Assange e de sua equipe apenas está começando.
Katia Monteagudo é da redação de Temas Globais de Prensa Latina

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WikiLeaks: a secreta intimidade
Silvio González
O escândalo do WikiLeaks demonstra outra vez que as novas tecnologias da informação já terminaram há anos com duas sagradas instituições tradicionais: a secreta intimidade e o calado anonimato do mundo da espionagem.
A civilização atual sustenta-se de maneira crescente sobre extensas redes digitais que são sumamente vulneráveis e custosas.
Mas a verdade é que aquele que depende de uma rede informatizada para guardar seus mais importantes segredos obrigatoriamente corre o risco de que sejam roubados ou os infectem com potentes vírus mediante hackers altamente especializados.
Agora centenas de milhares de documentos cabem em uma diminuta memória flash e seu gigantesco volume se armazena microscopicamente quando antes podiam encher até o teto toda uma imensa mansão.
Todo aquele que queira ficar totalmente à margem da Internet ou da Informática é um insignificante para milhões de outras pessoas que se beneficiam com estas bondades.
Esta novidade da ciência é muito fecunda para as atividades que têm a ver com os tempos de paz, mas propõe grandes desafios aos funcionários públicos envolvidos com a segurança nacional ou com os temas militares aponta The Guardian.
Neste sentido, os Estados Unidos conta com uma ampla comunidade de inteligência e diariamente processa uma quantidade de documentos que dariam centenas de voltas ao planeta caso fossem colocadas folha depois de folha.
Os telegramas vazados pelo Wikileaks procedem da SIPRnet, uma rede de comunicações secreta que utiliza o Pentágono e à qual têm acesso mais de dois milhões de pessoas de diferentes setores, assinala o New York Times.
A SIPRnet foi criada para resolver um problema que afeta a todas as grandes burocracias, que é o de distribuir de maneira secreta informações confidenciais entre milhares de funcionários públicos que podem estar em diferentes partes do mundo.
Qualquer funcionário público que tenha autorização para acessar esta rede, pode ter visão de quase todos os documentos secretos do Departamento de Estado.
Na última década houve um aumento no número de pessoas às quais se outorgou a "autorização de segurança" para acessar esta rede, entre as quais se encontram militares, empregados civis do governo, bem como seguranças privados.
E ninguém sabe com toda certeza quando ou qual deles voluntariamente passou este imenso volume de informação secreta ao Wikileaks, o que constitui a denúncia mais abarcadora de importantíssimos segredos relacionados com praticamente todos os estados.
Nenhum serviço de espionagem estrangeira pôde jamais golpear desta maneira os Estados Unidos e ferir desafiadoramente seu orgulho próprio como o conseguiu este grupo de internautas denunciantes assinala Los Angeles Times.
Meses atrás, Don Jackson, da empresa de segurança SecureWorks, explicou o sucesso deste site de vazamentos e disse: "Um jornal não pode publicar 90 mil documentos, mas o Wikileaks pode fazer isso em matéria de segundos e garante não se descobrir nenhuma das fontes que lhe fornecem a informação".
Ainda que isso parece certo, também o é que o portal denunciante na Internet é geralmente permeável aos frequentes ciberataques, que têm denunciado na rede Twitter os que trabalham no Wikileaks.
John C. Inglis, o segundo chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, a qual tem por missão a captura e processamento tecnológico de uma grande quantidade de dados de inteligência, assegura que já é impossível proteger os segredos.
A NSA recopila todas as escutas secretas, a atividade da rede de satélites espiãs e a informação codificada de praticamente todas as nações, sejam hostis ou aliadas, segundo seu portal na Internet.
Enquanto isso, a guerra digital segue seu curso, no dia 26 de setembro passado, um desconhecido vírus de internet surpreendentemente atacou uma planta nuclear iraniana, segundo reproduziram vários meios de imprensa europeus.
Para evitar futuros vazamentos dramáticos, como o do WikiLeaks, o Pentágono conta com uma força adicional denominada Comando do Espaço Cibernético, que tem sua sede central em Fort Meade e à frente do mesmo figura um general de quatro estrelas.
O escândalo do WikiLeaks é a razão de todos estes antecedentes, muito impactante por sua dimensão e as interrogantes que inspira são quase tão numerosas como os telegramas que não param de vir à tona.
Não deve surpreender que, como em toda novela de espionagem, esta também tenha uma chave indecifrável ou um mistério ainda impensável.
A da espontaneidade do que acontece em cada momento e por isso a iniciativa segue a favor do Wikileaks que mantém em xeque o governo estadunidense e agora ameaça arremeter contra os grandes bancos em sua próxima denúncia como informa a revista Forbes.
Esta denúncia é uma radiografia até agora inédita, cujo impacto nas relações internacionais seguramente demorará em se comprovar e possivelmente siga aflorando, ainda que o tempo e a diplomacia tenham tentado lhe pôr um tampão.
No premiado longa-metragem "Avatar" aparece uma sociedade tecnologicamente avançada que trata de submeter a sangue e fogo outra quase primitiva cujos pacíficos habitantes viviam tranquilamente em um formoso planeta arborizado nomeado Pandora.
Os primitivos frustraram as intenções malvadas dos invasores e isso é precisamente o demonstrado pelo Wikileaks com suas revelações e que daqui em diante nenhum segredo dos Estados Unidos estará seguro e isto o faz vulnerável a ser derrotado por entes bem mais pobres e carentes de um grande poder ou alta tecnologia.
Silvio González é chefe do Departamento de Difusão da Prensa Latina


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Wikileaks e a tergiversação midiática sobre Cuba
Havana, 3 dez. (Prensa Latina) - O Wikileaks tem 2.080 telegramas enviados ao Departamento de Estado norte-americano pelo Escritório de Interesses em Havana e outras embaixadas e só aparece um publicado sobre Cuba e de maneira tergiversada, informou hoje o Cubadebate.
Seus vazamentos produzem-se na página digital a conta-gotas, o site vive sob acosso legal e cibernético e recebeu ao menos dois golpes de seus servidores, segundo o editorial de referido site.
Um dos ataques foi superior a 10 gigabytes por segundo, equivalente ao embate simultâneo de milhões de computadores.
Mas os cinco meios que divulgaram ao mesmo tempo os documentos vazados, entre estes o diário espanhol El País, tinham em suas mãos sem censura e desde muito antes do domingo -dia em que se fez público o "cablegate"- toda a informação que o Wikileaks obteve através de suas fontes, pontualizou.
O editorial de Cubadebate questiona-se por que só divulgaram um telegrama datado de Havana, onde estão as outras 2.079 mensagens, por que as manchetes refletem como feitos irrepreensíveis certas avaliações sobre Cuba realizadas por diplomatas espiões a partir de terceiros países, enquanto se silenciam outras de maior valor jornalístico?
Esclareceu que dos 2.080 telegramas que tem El País com referência à ilha, o diário espanhol publicou uma linha de uma dessas mensagens, diluída entre referências a Cuba tiradas de outros relatórios das embaixadas norte-americanas em Caracas e em Bogotá.
Essa única linha pertence a um relatório datado de 27 de fevereiro de 2009 e assinado por Jonathan Farrar, chefe do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana (SINA), dizia o texto.
Trata-se, destacou, do que o Departamento de Estado chama um SEPQ ("Questionário sobre o Perfil do Clima de Segurança"), da primavera de 2009 em Cuba.
Dito formulário, esclareceu Cubadebate, enchem-no rotineiramente os embaixadores dos Estados Unidos em todo mundo, detalhe omitido pelo El País.
A nota disse que o Wikileaks vazou outros questionários SEPQ respondidos de diferentes embaixadas, enquanto questionou o que diz El País do solitário e duplamente vazado relatório.
Assegurou que "a Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana reconhece a eficácia da polícia (cubana) perseguindo "terroristas", como chama os dissidentes".
Mas, ao jornal a única coisa que interessa é criminalizar o governo cubano. Não se incomoda em verificar se é verdade que aqui se chame "terroristas" os "dissidentes" e não adverte a seus leitores que eles são os destinatários de milionárias quantias públicas que Washington entrega para fabricar e financiar a oposição na Ilha, algo sim que é enfatizado pelo Chefe do SINA em seu relatório.
O que silencia El País é como o Chefe do SINA reconheceu a estabilidade e segurança que gozam os diplomatas norte-americanos em Cuba, onde "não há condições para um macro conflito", e acrescentou "não há terrorismo local", "não há grupos terroristas locais" e "não há grupos terroristas antinorte-americanos".
De incomum catalogou Cubadebate tal reconhecimento, quando se leva em conta que os Estados Unidos colocou Cuba em todas as listas negras, inclusive a dos países terroristas.
Sim, se reconhece também que os diplomatas norte-americanos dançam conforme a música em boa parte das nações do chamado Terceiro Mundo, onde não costumam ser bem-vindos.
Mencionou outras considerações do relatório, tais como que as manifestações (em frente ao Escritório de Interesses) são organizadas pelo governo de Cuba ou pelo menos contam com sua aprovação.
Periodicamente, Cuba organiza manifestações na Tribuna Anti-imperialista, mas geralmente são para comemorar datas históricas cubanas e não são de natureza estritamente antinorte-americana, insistiu.
A proteção policial do SINA está garantida pela PNR (Polícia Nacional Revolucionária) e a entidade de segurança SEPSA, pois Cuba tem pessoal preparado para proteger a SINA caso seja necessário, assinalou.
O relatório especificou que a Direção de Inteligência e Contrainteligência são serviços profissionais, capazes e altamente efetivos na penetração de redes na Ilha e na perseguição de indivíduos que consideram terroristas.
Fontes confiáveis reportam a presença de membros do Exército de Libertação Nacional, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e do ETA em Havana, mas é muito pouco provável que desenvolvam operações terroristas no território cubano, parte ignorada nos telegramas e também não se fala que os membros desses grupos chegaram à Ilha depois do acordo com os governos respectivos.
Cuba não permite que representantes de outros governos credenciados realizem trabalhos de inteligência ou terrorista contra os Estados Unidos a partir de território cubano, esclareceu.
Afirmou que no corpo diplomático se considera que o governo cubano trata de evitar dar aos Estados Unidos pretextos para realizar operações antiterroristas contra Cuba, alegou, nem há condições para um macro conflito. Não há terrorismo local e não há grupos terroristas locais, nem antinorte-americanos.
Esclareceu que a posse de armas entre a população está controlada e é muito pouco provável o uso de armas de fogo.
Então, concluiu Cubadebate, qual é o milagre que um telegrama quase lisonjeador para Cuba do Chefe do SINA é traduzido de forma completamente contrária, por que os que repetem a versão do El País nem se incomodam em ler a fonte original, por que quando se trata de Cuba certa imprensa nem sequer apela a um mínimo de sentido comum, sob que peripécia censuram até o mais disciplinado dos funcionários públicos norte-americanos quando se refere objetivamente a Cuba?

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WikiLeaks: culpadas intimidades
Silvio González
Desde 28 de fevereiro, o site de denúncia Wikileaks publicou o maior número de documentos secretos de toda a história dos Estado Unidos, reconhece a página digital Portside.
Esta premeditada e desafiante denúncia pode ser considerada também um golpe letal contra a confiança que outros países do mundo depositarão daqui em diante no governo do presidente Barack Obama e seguramente afetará seu prestígio pessoal internamente nesse país.
Os textos revelados têm 261.276.536 palavras ao todo, 7 vezes mais que o conteúdo da última denúncia do Wikileaks sobre a Guerra no Iraque ,que era considerada até agora um verdadeiro recorde de todos os tempos.
Não registrar devidamente a importância da ampla gama de temas que abordam e o impacto geográfico de sua publicação em massa seria não fazer justiça a este grupo de materiais recentes, opinam vários meios europeus.
Estes documentos revelam as mais ocultas intimidades da política exterior estadunidense ao longo de muitos anos e, ainda que as informações já sejam conhecidas por alguns setores, a verdade é que golpeiam forte a sociedade e aumentam seu atual desencanto.
O site, que em ocasiões tem sido sabotado por hackers dos serviços especiais, revelou neste segundo bombardeio nada menos que a cifra recorde de 251.287 textos confidenciais provenientes de 274 embaixadas estadunidenses em diferentes países do planeta.
Descrevem a extensão da espionagem a que são submetidos nas Nações Unidas até os aliados mais próximos dos Estados Unidos e como este país faz vista grossa ante as flagrantes violações de direitos humanos e a corrupção em países subordinados a Washington, expõe o New York Times.
Também revelam "acordos as escondidas" com nações que são supostamente consideradas "influenciáveis", a qualquer preço, para as atrair, às boas ou às más, para a sua esfera de influência.
Demonstram o poderoso lobby dos grandes conglomerados corporativos estadunidenses e a espionagem que realizam quase descaradamente seus arrogantes diplomatas em outros países para obter segredos dos principais dirigentes locais.
Saltam hermeticamente as contradições entre a postura pública dos Estados Unidos para com outros Estados e o que realmente pensa e diz depois nos bastidores, de maneira desrespeitosa e hipócrita, o que demonstra que até seus mais próximos são desprezados.
A todos os estadunidenses é ensinado desde os graus primários que o primeiro presidente dessa nação, George Washington, jamais disse uma mentira.
Mas se o atual governo se visse segundo esse princípio, a atual revelação em massa destes documentos seria hoje realmente uma situação extremamente embaraçosa para os que seguem esses valores morais e éticos, assinala The Guardian.
Do conjunto de materiais (que abarcam desde 1966 até fevereiro último), 15.652 são secretos, outros 101.748 se consideram confidenciais e 133.887 não têm uma classificação determinada.
O tema mais tratado é o Iraque (15.365 telegramas, deles 6.677 provenientes diretamente desse país) e as sedes que mais documentos contribuíram foram a embaixada dos EUA em Ancara, com 7.918, e o escritório do Secretário de Estado em Washington, com 8.017.
Outros temas tratados pelos documentos vazados são as relações internacionais (145.451), os assuntos internos de outros países (122.896), os direitos humanos (55.211), a situação econômica atual (49.044), o terrorismo (28.801) e o Conselho de Segurança das Nações Unidas (6.532).
O presidente Barack Obama fica bastante deslocado com estas revelações ruidosas da roupa interior mais suja de seu país, enquanto a diplomacia exterior e os serviços especiais veem-se despidos pela audácia destes anônimos denunciantes, que parece não ter fim, descreve El Mundo de Espanha.
Silvio González é chefe do Departamento de Difusão de Prensa Latina
(Fund. Lauro Campos)

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