quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pensamentando

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso…”
Que tal o mar pra voar?
O céu pra ser um peixe?
A fome pra ter sede?

“Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.”
Já achou o pássaro que da água brota?
A impossível prova na escuridão?
“Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém”
Quantas chances eu ganhei
Quando o que em mim sorria
Era um doar no mais profundo
Um doar que se alastrava
Num eterno vai e vem

“Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira”
Verdade. Ou seria mentira?
Verdade. É como conter a ferida.
É ser o que controla.
É não brincar com o próprio ser.

“Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê.”
Vejo um caminho
Sem fim nem início
Vejo a vida
Sem vício
Talvez sejam olhos
De criança intrusa
Que, ansiosa,
Se lambuza.
“Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!”
Tão honesta, tão sensata
A certeza é realmente
Um dos diabos
Mais feios.

“Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?”
Sei que tantas vezes
Cometo muitos erros
Mas quem se leva a sério
Rodeia-se por medos.
04 de fevereiro de 2011,
Ana Helena Tavares
criado por Ana Helena Tavares 11:51:15 — Arquivado em: Diálogos, Diálogos poéticos —
(Obs.: conforme a própria Ana, este texto é uma mescla de momentos próprios de poesia, c citações)

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